Por Tetsushi Kajimoto e Chris Gallagher
(Reuters) - A cúpula do G7 que será realizada neste fim de semana provavelmente terminará sem um comunicado conjunto, devido a diferenças de opinião entre os países membros acerca do comércio, disse um funcionário do governo japonês com conhecimento do assunto nesta terça-feira.
Seria a primeira vez que uma cúpula do G7 terminaria sem um comunicado desde o início das reuniões em 1975, ressaltando o rompimento que a política comercial do presidente norte-americano Donald Trump criou entre as economias do G7.
"É crucial que todos criem um entendimento comum através de um debate aprofundado. Mas é difícil passar mensagens para o resto do mundo quando um comunicado conjunto não será emitido", disse o funcionário, confirmando uma notícia anterior da emissora japonesa NHK de que não havia nenhum plano até agora para emitir um comunicado após a reunião dos líderes do G7.
"Não há dúvida de que o G7 discutirá o impacto que os atritos comerciais podem ter sobre a economia global", disse o funcionário à Reuters sob condição de anonimato porque não está autorizado a falar com a imprensa.
A cúpula, que será realizada na cidade francesa de Biarritz nos dias 24 e 26 de agosto, ocorre em um momento em que a guerra comercial entre Estados Unidos e China e a volatilidade nos mercados financeiros pressionam as autoridades a intensificar os esforços para evitar uma recessão global.
O G7 compreende os Estados Unidos, França, Reino Unido, Japão, Alemanha, Itália, Canadá e União Europeia.