(Reuters) - O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, pontuou nesta quinta-feira que o governo central deve terminar o ano com déficit primário abaixo de 100 bilhões de reais em função do ingresso de recursos do leilão da cessão onerosa.
Falando à Globonews, Mansueto afirmou que o certame deverá render à União 48 bilhões de reais líquidos, de um total de 106,6 bilhões de reais em bônus de assinatura. O restante dos recursos será utilizado para pagamento à Petrobras (SA:PETR4) após revisão do contrato de cessão onerosa, e para compartilhamento com Estados e municípios.
Se houver ágio igual ou superior a 5% na porcentagem de óleo que a empresa vencedora destinar à União, o pagamento do bônus de assinatura poderá ser parcelado, razão pela qual o governo ainda não sabe se todos esses recursos entrarão em 2019, ou metade neste ano e o restante no próximo, disse Mansueto.
O secretário disse ainda que a expectativa para 2020 é de que o governo não enfrente problema de arrecadação como neste ano, já que o principal desafio será o teto de gastos, que limita o crescimento dos gastos à inflação do ano anterior.
(Por Marcela Ayres em Brasília)