Por Joseph Ax e Makini Brice
NOVA YORK (Reuters) - O ex-deputado democrata Tom Suozzi venceu na terça-feira uma eleição especial por um assento na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos pelo Estado de Nova York, reduzindo a estreita maioria republicana, que tem tido dificuldades para aprovar leis.
A vaga ficou disponível depois que a Câmara tomou a medida extraordinária de expulsar o republicano George Santos, cuja série de mentiras sobre sua biografia levou ao seu indiciamento por acusações de fraude.
Suozzi, que ocupava a cadeira antes de renunciar para concorrer ao cargo de governador, derrotou Mazi Pilip, uma parlamentar local nascida na Etiópia que serviu no Exército israelense. O distrito inclui uma pequena parte da cidade de Nova York e alguns de seus subúrbios ao leste.
A vitória reduz a maioria republicana para 219 a 213, tornando mais difícil a tarefa do partido de administrar uma bancada indisciplinada. Seus desafios foram visíveis na semana passada, quando a Câmara não conseguiu aprovar o impeachment da principal autoridade de fronteira do presidente Joe Biden, Alejandro Mayorkas, em um revés embaraçoso.
A Câmara aprovou a medida em uma segunda tentativa na terça-feira, depois que o republicano Steve Scalise retornou do tratamento contra o câncer para dar o voto decisivo.
Mais desafios aguardam à medida que o presidente da Câmara, Mike Johnson, decide se aceita um projeto de lei de ajuda à Ucrânia aprovado pelo Senado na terça-feira e o Congresso enfrenta um prazo para evitar outra paralisação do governo no próximo mês.
O distrito, que apoiou Biden em 2020 antes de optar pelos republicanos nas eleições de meio de mandato de 2022, serviu como um teste para as mensagens de ambos os partidos antes da eleição de novembro, quando a Presidência e o controle do Congresso estarão em jogo.
Um democrata moderado, Suozzi prometeu trabalhar com os republicanos para resolver problemas difíceis, incluindo a crise imigratória na fronteira sul dos EUA.
“O povo do Queens e de Long Island está farto de disputas políticas”, disse ele durante seu discurso de vitória. "Eles querem que nos unamos e resolvamos problemas."