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Diretor de Fiscalização ressalta cautela e dependência de dados para próxima decisão sobre juros

Publicado 30.04.2024, 11:48
© Reuters. Sede do Banco Central, em Brasília
20/01/2014
REUTERS/Ueslei Marcelino/File Photo
USD/BRL
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Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton Aquino, disse nesta terça-feira que o Copom precisará avaliar os dados econômicos antes de tomar sua decisão sobre juros na reunião de política monetária da semana que vem, e alertou repetidas vezes que sua posição é de "cautela".

"A minha posição é de cautela, eu preciso avaliar os números para tomar a minha decisão. Dado que é um colegiado, cada diretor tem direito ao seu voto", disse Aquino em coletiva de imprensa para detalhar o Relatório de Estabilidade Financeira do BC.

Aquino também disse que o Comitê de Política Monetária percebe que as expectativas de inflação estão desancorando e frisou que o colegiado tem uma meta de inflação "muito clara".

O diretor afirmou que o cenário externo é especialmente desafiador, citando tensões geopolíticas e, principalmente, incertezas em relação à política monetária dos Estados Unidos.

Em relação ao cenário doméstico, Aquino disse que dados econômicos e de inflação recentes foram bons, mas fez menção a "debate acerca da meta fiscal", sem entrar em detalhes sobre o efeito desse tópico na condução da política monetária e no balanço de riscos do BC.

Depois que o governo afrouxou neste mês a meta de resultado primário para 2025, passando a buscar déficit zero, em vez de superávit de 0,5% do PIB, os mercados financeiros passaram a citar percepção pior da saúde das contas públicas, o que afetou significativamente os ativos brasileiros num contexto de cenário global já turbulento.

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O último relatório Focus com projeções de mercado apontam para um IPCA de 3,73% este ano e de 3,60% no ano que vem, acima da meta de 3%.

A taxa Selic está atualmente em 10,75%, após seis cortes consecutivos de 0,50 ponto desde agosto do ano passado. Em meio à incerteza elevada, boa parte dos mercados passou a apostar numa redução menos intensa, de 0,25 ponto, no encontro de maio do Copom, principalmente depois que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, abriu a porta para essa possibilidade em comentários feitos ao longo deste mês.

Sem especificar o nível de corte que tende a apoiar, Aquino reforçou que segue "avaliando os números e esperando a próxima semana para tomar a melhor decisão".

ESTABILIDADE FINANCEIRA

O sistema financeiro brasileiro está resiliente e há confiança dos mercados no trabalho do BC, disse Aquino na coletiva de imprensa, ecoando observações presentes no Relatório de Estabilidade Financeira da autarquia, divulgado mais cedo.

O diretor afirmou que houve melhora na concessão de crédito no Brasil no início de 2024, que as provisões do sistema financeiro permanecem acima das perdas esperadas e que houve melhora na rentabilidade dos bancos no segundo semestre do ano passado.

Segundo ele, "liquidez não é um problema no Brasil", ao mesmo tempo que resultados de testes de estresse continuam mostrando resiliência do sistema bancário. Segundo Aquino, isso traz uma tranquilidade "gigantesca" para a sociedade brasileira.

Por outro lado, ele disse que algo que tira seu sono como diretor de Fiscalização é o risco tecnológico enfrentado pelas instituições financeiras, e afirmou que o BC levantou vários pontos a serem melhorados pelas entidades para aumentar a segurança do sistema.

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Últimos comentários

BC não vai intervir Jajá dólar batendo 7,00 igual no Japão...e tudo no Brasil é preço importado
O desgoverno não está comprometido com o controle da inflação, continuam a gerar déficits cada vez maiores! Governo fraco é assim, para se manter precisa comprar apoio, isso é caro e assim vai aumentando a carga tributária!!! Essa gastança gera a falsa sensação de melhora, depois vem a conta pra pagar e a bomba cai no colo do próximo presidente, com a Dilma foi exatamente isso!
não é governo fraco. são todos os políticos que querem verba. tá aí. todos são iguais só querem dinheiro
Furo no teto (já em 2019, antes da pandemia), calote em precatórios, paralisação da máquina pública, institucionalização da roubalheira no congresso com Orçamento secreto - que não tem critério definido para a distribuição ou destino do dinheiro, PEC Kamikaze (gastança sem quaisquer critérios na ordem de quase 70bi), gestão pífia, criminosa e calamitosa em um momento de caos sanitário no país, etc. Preciso continuar, meu caro? Não gosto desse governo atual, mas a palavra desgoverno perde até o sentido quando comparada ao desastre que passou.
Os indicadores econômicos e sociais 'despioraram' e portanto tem baixar a phorra da selic. Chega de farsas e mentiras para sangrar o orçamento público.
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