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Diretório Nacional do PT decide apoiar convocação de presidente do BC ao Congresso

Publicado 13.02.2023, 15:38
© Reuters. Pessoa balança bandeira do PT em rua do Rio de Janeiro ao fim do segundo turno das eleições presidenciais
30/10/2022
REUTERS/Pilar Olivares

Por Maria Carolina Marcello, Lisandra Paraguassu e Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - Em mais uma investida contra a taxa de juros, o Diretório Nacional do PT decidiu apoiar uma convocação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao Congresso para prestar esclarecimentos sobre a política monetária, informou a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.

Segundo Gleisi, o posicionamento do partido será formalizado em resolução do diretório, e pode ser convertido para um convite a Campos Neto, desde que ele se disponha a ir ao Parlamento.

"Tiramos o posicionamento do PT de chamar o presidente do Banco Central, convocar o presidente do Banco Central para fazer explicações ao Congresso Nacional", disse Gleisi, argumentando que se Campos Neto tem se disponibilizado a entrevistas, pode também falar com os parlamentares.

"É importante que ele vá também ao Congresso Nacional, que é a Casa representativa do povo brasileiro. Então essa foi a nossa posição hoje no Diretório Nacional."

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva trouxe para o centro do debate a taxa Selic, atualmente em 13,75% ao ano, e questiona a razoabilidade do patamar em comparação a outros países.

Segundo Gleisi, no debate interno do PT "todos" concordaram com a posição de Lula.

"Achamos exagerado os juros que tem. Achamos importante rediscutir a meta da inflação", afirmou a presidente do partido.

Mais tarde, em ato em comemoração de 43 anos da legenda, Gleisi defendeu que o debate econômico ocorra "sem medo", seja sobre a política monetária, fiscal ou cambial.

"Está na hora de enfrentarmos esse discurso mercadocrata dos ricos desse país, que temos risco fiscal. Qual risco? De não pagar a dívida? Mentira. Nossa dívida é toda em reais, numa proporção razoável do PIB", argumentou a presidente do PT, em discurso no ato partidário.

"Eles mentem, e o Banco Central, uma autarquia do Estado brasileiro, corrobora com a mentira, impondo um arrocho de juros elevados ao Brasil. Isso tem que mudar. Temos um mercado antiquado, atrasado que não percebeu ainda as mudanças internacionais."

O Diretório Nacional do PT reuniu-se nesta segunda-feira pela primeira vez desde a eleição de Lula para discutir a atual conjuntura, assuntos internos e informes.

SINAIS

Já tramita, na Câmara dos Deputados, um requerimento apresentado pelo aliado PSOL para que Campos Neto tenha que explicar pessoalmente a condução da política monetária. O líder do PT na Casa, deputado Zeca Dirceu (PT-PR), já havia se antecipado e anunciado no Twitter ter assinado o pedido.

"Assinei o requerimento convidando o presidente do Banco Central, como qualquer autoridade, para vir à Câmara explicar, dar satisfação. Para mim, ele vai ter de explicar o inexplicável", publicou o líder petista.

O requerimento precisa ser votado pelo plenário. Não há convocação, no sistema da Câmara, de sessões deliberativas para esta semana.

Na reunião do diretório desta segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também criticou a taxa de juros, informou uma fonte, embora tenha admitido que não esperava qualquer mudança na política monetária na última reunião do Copom que decidiu não alterar a Selic. Haddad teria manifestado ainda a expectativa de que o BC sinalize uma redução das taxas até o fim do ano.

A autonomia do Banco Central também entrou no debate, mas ministros de Lula e lideranças aliadas têm, em diversas declarações, negado qualquer intenção de mexer nesse quesito.

© Reuters. Pessoa balança bandeira do PT em rua do Rio de Janeiro ao fim do segundo turno das eleições presidenciais
30/10/2022
REUTERS/Pilar Olivares

O PSOL, no entanto, apresentou à Câmara um projeto que altera as regras de autonomia do Banco Central, que determinam, entre outros pontos, a não coincidência dos mandatos do presidente do BC e do presidente na República.

A lei da autonomia também prevê que o presidente do BC deve apresentar semestralmente, no Senado, relatórios de inflação e de estabilidade financeira explicando as decisões tomadas no período anterior.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello, Lisandra Paraguassu e Ricardo Brito)

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