Por José de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou esta terça-feira com alta discreta ante o real, após mostrar ganhos e perdas mais consistentes ao longo do dia, com as operações locais não conseguindo captar a fraqueza da moeda no exterior em meio ao noticiário político-econômico doméstico.
Além de constantes preocupações do lado da economia, receios no campo fiscal voltaram ao radar. Pontos laterais aprovados em projeto de auxílio a Estados e municípios acenderam o alerta na equipe econômica quanto à possibilidade de descontrole nos gastos em meio à pandemia do coronavírus.
Para José Márcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos, o projeto aprovado pela Câmara foi "mal elaborado", deixando "impossível", por ora, saber seu custo final. Na visão do economista, o texto incentiva que governadores e prefeitos sejam "lenientes" do ponto de vista das contas públicas.
O dólar à vista (BRBY) teve variação positiva de 0,10%, a 5,1906 reais na venda.
A atratividade do real mesmo dentro do universo emergente é dúvida. Estrategistas do Morgan Stanley (NYSE:MS) passaram a ficar "otimistas" com moedas de países emergentes em geral, mas excluíram o real (e o peso mexicano) da lista.
"Acreditamos que riscos políticos, junto com fracos fundamentos, deixam essas moedas sujeitas a novas correções", disseram em nota nesta terça-feira.
O peso mexicano