BEIRUTE (Reuters) - Dúzias de pessoas foram feridas em Beirute, neste sábado, quando forças de segurança usaram gás lacrimogêneo e canhões de água em conflitos com manifestantes portando galhos de árvores e placas de sinalização, perto do parlamento do Líbano.
Depois de uma pausa em protestos majoritariamente pacíficos que começaram em outubro, as ruas voltaram a ser ocupadas esta semana. Os manifestantes estão irritados com a elite que governa o país e o levou à pior crise econômica em décadas.
Agressões da polícia e prisões nos últimos dias deixaram grupos de direitos humanos alarmados e fizeram ativistas temerem medidas para reprimir a dissidência.
Testemunhas afirmam que a polícia atirou balas de borracha e usou canhões de água no distrito comercial, na noite deste sábado. A fumaça subia dos cartuchos de gás lacrimogêneo, cercando os manifestantes, enquanto ambulâncias corriam pelas ruas da capital.
O presidente Michel Aoun ordenou que o exército do país e comandantes da segurança restaurassem a calma.
Saad al-Hariri, que renunciou como primeiro-ministro em outubro, afirmou que os conflitos ameaçavam a paz civil. “É uma cena insana, suspeita e que deve ser rejeitada”, tuitou.
As Forças de Segurança Interna (ISF) afirmaram que estavam sendo “violenta e diretamente” confrontadas e aconselharam o público a deixar a área. “Os que estiveram causando tumultos serão perseguidos, presos e levados ao judiciário”, disse, pelo Twitter.
(Por Ellen Francis)