BERLIM (Reuters) - A Alemanha vai lidar com a crise do coronavírus e suas consequências por meses e só em 2022 pode esperar alcançar novamente os níveis de produção observados antes da pandemia, disse o ministro da Economia do país, Peter Altmaier, nesta quinta-feira.
Para mitigar o impacto de um lockdown parcial de um mês em novembro, que inclui o fechamento de bares e restaurantes, o governo está oferecendo auxílio financeiro direcionado aos mais afetados, especialmente as pequenas empresas.
Sob um pacote de alívio de 10 bilhões de euros, as empresas com até 50 funcionários receberão 75% de suas receitas do ano anterior para o mês de novembro.
"Isso pode ajudar a amortecer as consequências econômicas o máximo possível", disse o ministro das Finanças, Olaf Scholz, a repórteres, acrescentando que o financiamento para a medida foi contemplado pelo Orçamento existente para que não houvesse a necessidade de se solicitar mais dinheiro ao Parlamento.
Além disso, trabalhadores autônomos, como artistas e auxiliares de palco, terão acesso a empréstimos de emergência, e o governo irá expandir um programa de liquidez para dar às pequenas empresas com menos de 10 funcionários acesso a empréstimos mais baratos.
No entanto, em sua coletiva de imprensa conjunta, os dois ministros não revelaram novas medidas além das delineadas na quarta-feira.
Altmaier disse que as novas restrições iriam ter um impacto na economia, mas que o crescimento no terceiro trimestre acelerou mais rapidamente do que o esperado.
"(A economia) está tão forte que podemos evitar cair em um longo período de recessão", disse Altmaier, acrescentando que a Alemanha não está experimentando um colapso industrial como na fase inicial da pandemia.
O governo já introduziu um amplo conjunto de medidas de resgate e estímulo que apoiaram uma recuperação no verão, depois que a economia despencou quase 10% no segundo trimestre.
Os números preliminares do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre serão divulgados na sexta-feira.
(Por Thomas Escritt, Thomas Seythal e Madeline Chambers)