FRANKFURT (Reuters) - A economia da zona do euro pode encolher menos do que o esperado neste ano, mas também é provável que sua recuperação seja mais rasa, mostrou pesquisa do Banco Central Europeu (BCE) com especialistas nesta sexta-feira.
A pesquisa trimestral realizada no início de outubro, antes de medidas de lockdown mais severas serem adotadas contra a pandemia, vê a economia encolhendo 7,8% neste ano, menos do a queda de 8,3% prevista em julho, e o crescimento do ano que vem em 5,3%, abaixo de uma estimativa anterior de 5,7%.
Embora estas sondagens muitas vezes sejam uma parte integral das deliberações de formulação de política monetária do BCE, seu papel provavelmente está menor desta vez, já que a perspectiva econômica está se deteriorando rapidamente agora que governos estão adotando medidas de lockdown para conter a disseminação veloz do coronavírus.
De fato, na quinta-feira o BCE indicou um afrouxamento ainda maior em sua reunião de dezembro, já que o medo de uma recessão de mergulho duplo aumenta e a única dúvida é a dimensão de sua ação.
A pesquisa agora vê uma inflação de 0,3% neste ano, abaixo do 0,4% previsto anteriormente, e em 2021 se espera que fique em média em 0,9%, menos do que o 1% previsto em julho – ambas bem abaixo da meta de quase 2% do banco.
Em 2025, considerado como "de prazo mais longo", a inflação é vista em 1,7%, acima da última previsão de 1,6%, e a projeção de crescimento de prazo mais longo permaneceu em 1,4%.
(Por Balazs Koranyi)