Por Isabel Versiani
BRASÍLIA (Reuters) - Economistas consultados pelo Ministério da Economia reduziram suas projeções para o déficit primário do governo central neste ano em mais de 10 bilhões de reais, mostrou o relatório Prisma divulgado nesta sexta-feira.
A estimativa é que o rombo feche 2021 em 211,8 bilhões de reais, segundo a mediana da pesquisa, número inferior ao déficit de 221,9 bilhões de reais projetado há um mês.
O prognóstico também está abaixo da meta fixada pelo governo na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), de déficit de 247,1 bilhões de reais, em cálculo que não incluiu despesas com o pagamento de novas parcelas do auxílio emergencial, cuja reedição já está sendo discutida abertamente pela equipe econômica e pelo próprio presidente Jair Bolsonaro.
A previsão dos economistas para o déficit primário em 2022, por outro lado, aumentou ligeiramente para 164,8 bilhões de reais, ante 163,9 bilhões há um mês.
A melhora da estimativa dos economistas para as contas neste ano acompanhou um aumento nas projeções para a receita líquida do governo --que tiveram mediana de 1,329 trilhão de reais, ante 1,324 trilhão de reais na pesquisa de janeiro.
A expectativa é que a dívida bruta do país feche este ano em 89,4% do PIB, praticamente estável em relação a 2020, quando o indicador ficou em 89,3%. Já para o próximo ano, os economistas veem um novo aumento do endividamento, para 90,45% do PIB.