Por Estelle Shirbon
LONDRES (Reuters) - O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, deixou o hospital neste domingo e agradeceu ao Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) por salvar sua vida enquanto lutava contra o coronavírus.
Johnson, de 55 anos, foi levado ao Hospital St Thomas, no centro de Londres, em 5 de abril, sofrendo de sintomas persistentes do Covid-19. Em 6 de abril, ele foi transferido para a unidade de terapia intensiva, onde permaneceu até 9 de abril.
"Hoje deixei o hospital depois de uma semana em que o NHS salvou minha vida, sem dúvidas", afirmou ele em uma mensagem de vídeo de cinco minutos postada no Twitter a partir da Downing Street, onde funciona o escritório e a residência do premiê.
Neste domingo, o número oficial de mortos no Reino Unido pelo coronavírus passou de 10.000.
Johnson nomeou e agradeceu os enfermeiros que cuidaram dele, com menção especial a dois profissionais, Jenny, da Nova Zelândia, e Luis, de Portugal, que ele disse que ficaram ao lado de sua cama por 48 horas "quando as coisas poderiam ter ido para qualquer um dos lados".
"O motivo pelo qual meu corpo começou a receber oxigênio suficiente foi porque, a cada segundo da noite, eles estavam assistindo e pensando, cuidando e fazendo as intervenções que eu precisava", disse ele.
Johnson usou terno e gravata e falou da maneira enérgica de sempre.
O premiê continuará sua recuperação em Chequers, residência oficial de campo a noroeste de Londres, segundo seu gabinete.
Um fotógrafo da Reuters viu Johnson e sua noiva grávida Carrie Symonds, de 32 anos, que também sofreu sintomas de Covid-19, saindo da Downing Street, no centro de Londres, com seu cachorro.