O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que a economia brasileira “vai surpreender” em 2024. Declarou que o país tem condições de crescer o mesmo que em 2023. Projeções indicam que a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) será de 2,92% neste ano.
Lula participou nesta 3ª feira (12.dez.2023) de evento no Palácio no Planalto sobre bancos públicos.
As projeções dos economistas apostam que o PIB (Produto Interno Bruto) crescerá 1,51% em 2024. Os agentes do mercado financeiros são céticos quanto ao cumprimento da meta de zerar o deficit primário no próximo ano.
Lula disse que seu papel é passar otimismo e “vender criatividade” para dar certo na governança. Disse que os bancos públicos emprestaram 4 vezes mais que no governo anterior para a realização de investimentos.
Assista:
“Eu fico me perguntando: qual é o pessimismo dos economistas que acham que vai crescer pouco? […] Vamos criar nós as condições para esse país crescer. Esse país pode crescer em 2024 o tanto o que cresceu em 2023”, disse Lula.
O presidente declarou que é preciso “parar de chorar e lamentar” e que é preciso ir atrás. “Vai aparecer dinheiro, vai aparecer dinheiro privado, vai aparecer investimento externo. É por isso que nós fomos agora para Dubai”, disse Lula.
Ele declarou que “nunca viu tanto amor para dar ao Brasil” em reunião com a Alemanha. Defendeu que o Brasil tem que aproveitar a possibilidade de transição energética para se tornar a maior potência de energia renovável do planeta.
“Se não tiver dinheiro, a gente tem que correr atrás. Não dá para a gente apenas constatar que não tem dinheiro e ficar quieto”, disse Lula.
ACORDO COM BANCOS
A Cerimônia de Anúncio de Financiamento dos Bancos Públicos para Investimentos nos Estados celebrou um acordo dos bancos para aplicar recursos nos Estados e municípios.
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a Caixa Econômica Federal e o BB (Banco Central) superaram a soma dos 4 anos anteriores. O governo defende que a investida dos bancos públicos nos governos regionais é uma retomada do “protagonismo” das instituições.
Os bancos públicos contrataram R$ 32,1 bilhões a 16 Estados e R$ 24,3 bilhões a 805 municípios em operações de crédito. Em nota, o Palácio do Planalto citou:
- BNDES – aprovou R$ 18,2 bilhões em crédito com São Paulo, Pará, Mato Grosso do Sul, Ceará, Santa Catarina, Espírito Santo, Maranhão e Sergipe;
- Caixa – emprestou R$ 2,3 bilhões a Pernambuco;
- Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) – deu crédito de R$ 700 milhões ao Distrito Federal e à Pernambuco.
“Entre os objetivos dos investimentos, a área de saneamento recebe maior operação de crédito, com R$ 15 bilhões, seguida por mobilidade, com R$ 13,2 bilhões; infraestrutura urbana, com R$ 10,1 bilhões; multieixos, que inclui transportes, infraestrutura urbana e social, com R$ 5,5 bilhões; e transportes, com R$ 3,9 bilhões. Mais de R$ 23,5 bilhões em operações de crédito estão em andamento”, disse a nota.
A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, declarou que empresta a pequenos municípios a grandes Estados, desde que vá criar emprego e renda.
O BB emprestou R$ 19 bilhões, superior aos R$ 17 bilhões dos últimos 4 anos, segundo a presidente do banco.
Estavam presentes na cerimônia:
- Luiz Inácio Lula da Silva, presidente;
- Geraldo Alckmin, vice-presidente;
- Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo;
- Helder Barbalho, governador do Pará;
- Fábio Mitidieri, governador de Sergipe;
- Eduardo Riedel, governador de Mato Grosso do Sul.
- Jade Romero, vice-governadora do Ceará;
- Aloizio Mercadante, presidente do BNDES;
- Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil;
- Marcos Brasiliano, presidente em exercício da Caixa.