SANTIAGO (Reuters) - Milhares de estudantes marcharam pela capital do Chile, nesta sexta-feira, exigindo auxílios alimentares maiores, na primeira manifestação organizada durante o governo do antigo líder de protestos Gabriel Boric.
A polícia atirou contra um estudante, que estava em condição estável após ser tratado em um hospital, disse o subsecretário do Interior, Manuel Monsalves, em entrevista coletiva. Monsalves afirmou que haveria uma investigação sobre o tiro.
Cerca de 640.000 estudantes que recebem 32.000 pesos chilenos (41 dólares) por mês de auxílio alimentação querem que esse valor aumente.
Embora os protestos tenham sido majoritariamente pacíficos, a polícia usou canhões de água, e agitadores encapuzados vestidos de preto começaram incêndios e vandalizaram pontos de ônibus. Eles também atacaram um caminhão da Força Aérea Chilena que estava preso no trânsito com pedras e canos de metal. O governo confirmou que três integrantes da Força Aérea ficaram feridos e estavam sendo tratados em um hospital.
A manifestação foi menor que os protestos violentos na capital chilena em 2019, que levaram ao desenvolvimento de uma nova Constituição.
Com um ex-líder estudantil no comando do governo, os manifestantes afirmaram que tanto polícia quanto estudantes se contiveram um pouco mais, apesar dos incidentes de violência.
(Reportagem de Alexander Villegas)