Por Jonathan Landay e Arshad Mohammed e Idrees Ali
WASHINGTON (Reuters) - Um corte planejado de 1 bilhão de dólares na ajuda dos Estados Unidos ao Afeganistão viria de recursos para as forças de segurança afegãs, segundo três fontes norte-americanas, em medida que especialistas disseram que minaria a capacidade de Cabul de combater o Taliban e sua influência para negociar um acordo de paz com eles.
O secretário de Estado Mike Pompeo anunciou a redução em 23 de março e ameaçou abater a mesma quantia no próximo ano para tentar forçar o presidente afegão, Ashraf Ghani, e seu rival político Abdullah Abdullah a encerrar uma disputa que tem brecado os esforços de paz liderados pelos EUA no Afeganistão.
Após quase 20 anos de combates contra o Taliban, os Estados Unidos estão procurando uma maneira de se libertar e alcançar a paz entre o governo apoiado pelos EUA e o grupo militante, que controla mais de 40% do território afegão.
Pompeo e outras autoridades norte-americanas se recusaram a detalhar publicamente como o corte seria feito. O Departamento de Estado não quis comentar os planos.
Dois assessores congressistas dos EUA, falando sob condição de anonimato devido à sensibilidade do assunto, disseram que funcionários do Departamento de Estado contaram ao Congresso que a quantia de 1 bilhão de dólares viria de um fundo de 4,2 bilhões de dólares do Pentágono que garante cerca de três quartos do orçamento anual das forças de segurança afegãs.
(Por Jonathan Landay, Arshad Mohammed e Idrees Ali; Reportagem adicional de Humeyra Pamuk)