O comércio paulista fechou 17,7 mil postos de trabalho com carteira assinada em janeiro, em dado que engloba varejo, atacado e revendas de automóveis. O saldo decorre de 123,3 mil demissões durante o mês, número superior às 105,7 mil admissões no período, que costuma ser de resultados negativos no emprego em função da dispensa de trabalhadores contratados para as vendas de fim de ano.
Os números são apresentados pela FecomercioSP, associação que representa empresas dos setores de comércio, serviços e turismo do Estado, tendo como fonte o Caged, onde são cadastradas as movimentações do mercado de trabalho formal.
Depois do número negativo de janeiro, atribuído à sazonalidade, a expectativa da FecomercioSP é de o saldo de empregos no comércio de São Paulo voltar a ficar levemente positivo no balanço de fevereiro. O próprio dado de janeiro veio um pouco melhor do que a perda de mais de 20 mil postos de trabalho esperada pela associação.
Para o ano, contudo, a tendência é a de que menos empregos sejam criados, prevê a FecomercioSP, citando a perspectiva de consumo mais fraco das famílias em meio ao quadro de juros altos, inflação persistente, endividamento elevado e inadimplência.
No setor de serviços, foram geradas, em janeiro, 3,6 mil vagas no Estado - neste caso, abaixo do esperado. Conforme a entidade, o início do ano letivo puxou para cima as contratações nas escolas. Por outro lado, os serviços administrativos e complementares eliminaram 7,5 mil vagas no primeiro mês do ano, um resultado puxado, principalmente, pelos cortes no segmento de seleção, agenciamento e locação de mão de obra.