O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou nesta 4ª feira (31.jan.2024) um repasse de US$ 4,7 bilhões à Argentina. O anúncio da decisão da entidade financeira foi acompanhada de elogios às medidas econômicas propostas pelo governo de Javier Milei.
“No meio desta difícil herança –inflação elevada e crescente, reservas esgotadas e elevados níveis de pobreza– a nova administração está a tomar medidas ousadas para restaurar a estabilidade macroeconômica e começar a resolver os obstáculos de longa data ao crescimento”, afirmou a Diretora Geral e Presidente do FMI Kristalina Georgieva.
Apesar dos elogios ao novo rumo econômico tomado pelo governo, o FMI não descartou a necessidade de futuros acordos entre o país e a entidade para garantir a restauração da estabilidade da economia argentina.
A discussão do repasse está sendo feita desde o início do ano, quando uma delegação da entidade se reuniu com o ministro da Economia da Argentina, Luís Caputo, e o ministro da Casa Civil, Nicolás Posse.
Na ocasião, para renegociar o pagamento da dívida externa, o país se comprometeu junto ao FMI a obter um superavit de 2% do PIB (Produto Interno Bruto) e aumentar as reservas líquidas.
Tal deficit renegociado faz parte de um empréstimo de US$ 44 bilhões feito em 2018 pelo ex-presidente Mauricio Macri. Assim, em 2022, para aliviar a situação econômica, o então presidente Alberto Fernández fez um novo acordo com a instituição que permitiu a rolagem da dívida contraída pelo país na época.