BUENOS AIRES/WASHINGTON (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse nesta sexta-feira que sua equipe chegou a um entendimento com as autoridades argentinas sobre "políticas-chave" que sustentam as negociações sobre um novo programa apoiado pelo Fundo para renovar mais de 40 bilhões de dólares em dívidas.
O governo argentino informou mais cedo ter chegado a um acordo com o FMI após longas e árduas conversas para substituir um acordo num valor recorde de 57 bilhões de dólares de 2018, que não conseguiu impedir o mergulho do país em crises econômicas e cambiais.
"A equipe do FMI e as autoridades argentinas concordaram com o caminho de consolidação fiscal que formará uma âncora política fundamental do programa, disse o Fundo em comunicado. "O caminho fiscal acertado melhoraria gradual e sustentavelmente as finanças públicas e reduziria o financiamento monetário."
O FMI disse que o caminho fiscal do acordo permitiria à Argentina aumentar gastos em infraestrutura, ciência e tecnologia e protegeria programas sociais direcionados. Mas o Fundo e as autoridades do país sul-americano concordaram que uma estratégia para reduzir os subsídios à energia "de forma progressiva" era essencial para melhorar os gastos do governo.
O arcabouço também exige a alteração da política monetária da Argentina para "entregar taxas de juros reais positivas para apoiar o financiamento interno e fortalecer a estabilidade".
O Fundo disse que trabalhará com as autoridades argentinas para chegar a um acordo que possa ser considerado para aprovação pela diretoria executiva da instituição.
(Por Adam Jourdan e David Lawder)