HIROSHIMA, Japão (Reuters) - Os líderes das democracias mais ricas do mundo buscam preencher uma grande lacuna com as economias emergentes, concentrando-se na infraestrutura e no alívio da dívida, disseram autoridades, parte da estratégia para reduzir a influência da China nos países de baixa renda.
A Ucrânia será novamente foco para os líderes do Grupo dos Sete (G7), que se reunirão para o segundo dia de uma cúpula de três dias na cidade japonesa de Hiroshima no sábado, onde o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, também deve estar.
O alcance do "Sul Global" é o tema da cúpula, que destaca tanto a crescente importância econômica de países como a Índia quanto as vastas incursões que a China tem feito nos mercados em desenvolvimento, construindo infraestrutura e ampliando o financiamento.
Os membros do G7, composto por Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá, estão cada vez mais focados, segundo as autoridades, em como a influência da China em países de baixa e média renda está impactando as cadeias de suprimentos e a segurança econômica.
O grupo está programado para divulgar uma declaração sobre segurança econômica, disse uma autoridade dos EUA. A guerra da Rússia na Ucrânia também prejudicou indevidamente os países de baixa renda, de acordo com os membros do G7.
"Continuamos preocupados com o fato de que sérios desafios à sustentabilidade da dívida estejam prejudicando o progresso" em direção às metas de desenvolvimento sustentável, disseram os líderes em um rascunho do comunicado final obtido pela Reuters nesta sexta-feira.
"Países de baixa e média renda são desproporcionalmente afetados pela guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia", disseram no rascunho.
(Reportagem da Reuters em Hiroshima)