Por Andrew Mills
DOHA (Reuters) - A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, disse nesta quarta-feira que está confiante de que os Estados Unidos evitarão um calote de sua dívida.
O governo norte-americano pode atrasar o pagamento de suas contas no próximo mês - e até mesmo não pagar suas dívidas - se o Congresso não aumentar o limite de 31,4 trilhões para seus empréstimos, o que pode desencadear uma catástrofe econômica e pânico nos mercados financeiros globais.
A última rodada de discussões sobre o teto da dívida entre representantes do presidente Joe Biden e os republicanos do Congresso terminou sem progresso na terça-feira, enquanto o prazo de 1º de junho, determinado pelo Departamento do Tesouro, se aproxima.
"A história nos diz que os EUA teriam problemas com essa questão do calote... mas de última hora tudo se resolve e tenho confiança de que veremos isso acontecer novamente", disse Georgieva no Fórum Econômico do Catar em Doha, organizado pela Bloomberg.
Georgieva disse que o dólar deve continuar sendo uma moeda de reserva global, apesar do aumento da discussão sobre as movimentações de países para reduzir sua dependência em relação à moeda norte-americana, um processo conhecido como "desdolarização".
"Não esperamos uma mudança rápida nas reservas (em dólar) porque a razão pela qual o dólar é uma moeda de reserva é por causa da força da economia dos EUA e da profundidade de seus mercados de capitais", disse Georgieva.
(Reportagem adicional de Aziz El Yaakoubi e Rachna Uppal)