Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O ministro das Cidades, Jader Filho, disse nesta sexta-feira que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem estudos internos para viabilizar a ampliação do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida para famílias com renda mensal de até 12 mil reais.
A possibilidade de ampliar o programa para esta faixa de renda foi cogitada por Lula na estreia de sua transmissão semanal ao vivo nas redes sociais nesta semana.
Segundo Jader Filho, o assunto está sendo tratado pela pasta das Cidades, pela Casa Civil e pela Caixa Econômica Federal, que é a gestora do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O objetivo é saber os impactos de elevar o teto de renda do programa de 8 mil reais mensais para 12 mil reais de renda mensal.
"Estamos fazendo os estudos para entender a viabilidade", disse ele a jornalistas em evento do Grupo Esfera , no Rio de Janeiro.
O ministro disse ainda que a elevação na faixa de renda deve obrigatoriamente aumentar o valor máximo do imóvel que será financiado de 350 mil reais para algo em torno 500 mil a 600 mil reais.
"Sobe a renda, sobe o teto, podendo subir para 500 a 600 mil", afirmou ele. "Tudo isso está em estudo, a reposta é esse ano ainda."
O ministro das Cidades estimou também que a retomada de obras paradas do Minha Casa, Minha Vida e novos contratações do programa habitacional devem criar cerca de 1 milhão de novos postos de trabalho no país.
Jader Filho também comentou a possibilidade, prevista na nova versão do Minha Casa, Minha Vida, de financiamento de obras de reparos e readequação de edifícios já existentes, conhecida como retrofit. Segundo ele, a modalidade deverá beneficiar prédios localizados em centros urbanos e os tomadores dos recursos para a aquisição desses imóveis poderão ter direito a valor extra de 40% sobre valor do empréstimo.
"Queremos fazer o retrofit, aqui no Rio e em outros centros urbanos onde há locais desocupados. A gente entende que uma reforma tem um custo a mais. Se o limite para o financiamento em uma cidade é de 160 mil, você aplica 40% em cima daquele limite", explicou.
"Nos condomínios (do programa que saem do zero), você tem que fazer obras como estrada, asfaltamento, escola, posto de saúde, mas nos centros urbanos isso tudo já está lá e traz a vida de volta ao grande centro", defendeu