BRASÍLIA (Reuters) - O governo do presidente Jair Bolsonaro vai iniciar com o governo dos Estados Unidos um piloto para implementação do programa Global Entry, um sistema facilitado de vistos de entrada nos EUA para executivos.
De acordo com a Casa Civil, o piloto será feito com cerca de 20 executivos que hoje fazem parte do fórum de negócios Brasil-Estados Unidos e servirá de teste para verificar às necessidades técnicas e operacionais para implementação do programa geral.
O Global Entry não substitui a necessidade de visto, mas permite aos executivos com vistos de negócio uma entrada mais rápida na chegada nos Estados Unidos, com a liberação sendo feita eletronicamente, sem necessidade de passar pela imigração formal.
De acordo com nota da Casa Civil, ainda não há data para o piloto ser iniciado, mas deve ser “em breve”. Um acordo foi assinado nesta segunda-feira durante o Fórum de Altos Executivos Brasil-EUA, em Washington.
Hoje 11 países estão na lista do Global Entry. Entre eles a Argentina, que entrou em maio de 2017, Colômbia e México.
O Brasil negocia há vários anos a entrada no Global Entry, assim como o fim da exigência de visto para turistas, mas com pouco sucesso.
Este ano, o governo brasileiro decidiu abolir unilateralmente a exigência de vistos de turistas e negócios para norte-americanos e também japoneses, canadenses e australianos, em um movimento diplomático pouco comum. Normalmente, países só retiram a exigência de vistos em negociações de reciprocidade.
O governo de Jair Bolsonaro, no entanto, alega que a medida irá trazer mais turistas de países desenvolvidos.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)