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Guedes elogia Bolsonaro e atribui fim do Renda Brasil à distorção de informação da mídia

Publicado 15.09.2020, 13:29
Atualizado 15.09.2020, 15:45
© Reuters. .

© Reuters. .

Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, atribuiu nesta terça-feira a decisão do presidente Jair Bolsonaro de acabar com o Renda Brasil a uma posição política que considerou correta após distorção de informação feita pela mídia.

Segundo Guedes, a mudança em debate era importante e poderia ser histórica, envolvendo a desvinculação, desindexação e desobrigação do Orçamento.

Agora, ele reconheceu que a versão para o Pacto Federativo que está sendo relatada pelo senador Marcio Bittar (MDB-AC) não deverá conter mais o Renda Brasil. O ministro destacou que Bolsonaro sempre disse que não iria transferir renda de pobres para paupérrimos e que essa é uma opção política do presidente.

"(Ele) descredenciou então essa ideia do Renda Brasil, falando 'olha, não vai ter isso daqui até o fim do meu governo'. Acabou porque estão distorcendo tudo, estão acusando presidente de demagogia, de estar querendo tirar dinheiro do pobre para dar para o mais pobre ainda, quando na verdade essa consolidação de programas já aconteceu no passado", disse Guedes, em participação online no Painel Telebrasil 2020.

"Nunca foi intenção tirar dinheiro dos idosos e dos vulneráveis", acrescentou, em outro momento.

Guedes disse ter havido "barulheira toda" esta manhã após manchetes de jornais terem feito "conexões de pontos que não estão necessariamente conectados".

As matérias foram publicadas após o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, ter sinalizado ao portal G1 que, entre as medidas em estudo, estava a desindexação das aposentadorias do salário mínimo.

Bolsonaro então disse em vídeo publicado em suas redes sociais que até 2022 está proibido em seu governo falar em Renda Brasil.

"Vamos continuar com o Bolsa Família e ponto final", afirmou o presidente.

"Quem porventura vier propor para mim medidas como essas eu só posso dar um cartão vermelho para essa pessoa. É gente que não tem o mínimo de coração, não tem o mínimo de entendimento de como vivem os aposentados no Brasil", completou.

Guedes disse ter conversado com o presidente pela manhã e relatou ter lamentado muito "essa interpretação" em que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Pacto Federativo foi associada à diminuição de benefícios para os mais necessitados.

"(Bolsonaro) levantou um cartão vermelho. Cartão vermelho não foi para mim, esclarecendo a todo mundo", afirmou o ministro.

Antes de Guedes, o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, havia defendido que o presidente segue sim alinhado à agenda da equipe econômica, e que ele apenas não quer que ideias em estudo sejam tornadas públicas.

Waldery não participou nesta manhã de coletiva de imprensa sobre as expectativa do governo para a economia, embora sua presença fosse esperada no evento.

PROPOSTA EM ESTUDO

O time de Guedes analisou inicialmente uma focalização de programas sociais e, posteriormente, eventual mudança em regras de benefícios para aumentar os recursos ao Bolsa Família, rebatizando-o para que, mais robusto, virasse uma marca da gestão Bolsonaro.

Segundo a Reuters apurou, a equipe econômica preparava para esta semana um detalhamento de todas as desindexações que estavam na mesa e qual espaço orçamentário poderiam criar caso houve apoio político para tanto. O congelamento dos benefícios previdenciários era um desses pontos e a ideia era que o estudo fosse enviado para análise do senador Bittar para subsidiar a estruturação do Renda Brasil.

Nesta terça-feira, o próprio Guedes admitiu que o time chegou a estudar, no âmbito de uma consolidação das políticas públicas, a canalização dos recursos do seguro-defeso e abono salarial, além do fim das deduções da classe média e alta.

Ele defendeu que a ideia de desvinculação e desindexação no Pacto Federativo era muito mais ampla e que não tinha como objetivo tirar dos mais pobres, mas sim atribuir à classe política suas responsabilidades sobre o Orçamento.

"Não é possível você abrir um jornal e todas as manchetes estarem assim: querem tirar dos pobres, querem assaltar os pobres para dar para os mais pobres ainda. Não é isso", afirmou Guedes.

"Então a reação do presidente é uma reação política, correta. Se a mídia toda está dizendo que eu quero tirar dinheiro dos pobres e dar para os mais pobres eu vou dar minha resposta em alto e bom som", prosseguiu.

O ministro avaliou ainda que a postura do presidente denotou que ele não iria anabolizar o Renda Brasil, colocando um número artificial para o programa "tentando uma popularidade falsa em cima de irresponsabilidade fiscal".

De acordo com Guedes, Bolsonaro sinalizou ainda que não furaria o teto para por de pé o novo programa de transferência de renda.

O Renda Brasil viria, nas palavras do próprio ministro, como uma aterrissagem após a vigência do auxílio emergencial. O governo enviou Medida Provisória ao Congresso prevendo a concessão de 300 reais a informais e vulneráveis de setembro a dezembro, ante 600 reais que foram injetados na economia mensalmente no período de abril a agosto. Ao todo, o programa de maior vulto para enfrentamento à pandemia de coronavírus terá um custo de 321,8 bilhões de reais.

Como Bolsonaro já sinalizou diversas vezes a intenção de elevar o benefício médio do Bolsa Família --contra média de 190 reais hoje-- e expandir o alcance do programa, persistem agora as dúvidas sobre como isso será feito sem desrespeito à regra do teto de gastos, já que o presidente tem rechaçado as alternativas apresentadas até aqui pela equipe econômica.

IMPOSTO SOBRE TRANSAÇÕES

Nesta terça-feira, o ministro da Economia também defendeu que a instituição de um imposto sobre transações digitais poderia, ao abraçar uma nova base ampla, permitir a desoneração de outros tributos, em especial o imposto sobre a folha de pagamento, que considerou muito mais cumulativo e destrutivo.

"Ou vamos falar sobre imposto de transações digitais de base ampla ou não vamos conseguir desonerar a folha", afirmou.

Guedes reforçou ainda que o governo não enviará proposta de elevação tributária, sendo que qualquer novo imposto virá para acabar com outros já existentes.

Sobre a alta recente no preço dos alimentos e de materiais de construção, o ministro avaliou que isso na verdade reflete a melhoria de condição de vida dos mais pobres após as medidas implementadas pelo governo durante a crise.

"Preço do arroz está subindo justamente porque eles estão comprando mais. Além disso, tem as exportações e além disso subiu o dólar também", afirmou.

Guedes disse que haverá supersafra de arroz à frente, e que as importações serão impulsionadas após o governo eliminar os impostos sobre a compra dos grãos de fora.

© Reuters. .

"É um problema transitório, vai passar ali na frente. A inflação é uma alta generalizada de preços, é quando sobe tudo. O que está subindo, basicamente, é material de construção e alimentos, é exatamente onde houve a maior concentração de recursos do auxílio emergencial", afirmou.

(Por Marcela Ayres)

Últimos comentários

se fosse para beneficiar militares já estaria aprovado pelo presidente a muito tempo
Guedes: "o gênio da raça", mais um medíocre neste governo. Se engana quem quer...
O problema não é o governo, mais sim à imprensa que não aceita o resultado das eleições e está cada vez, mais perdida ! Só resta à esses jornalistas atacar o governo com notícias falsas diariamente...
Esse é o MELHOR Ministro da economia que o Brasil já teve. Bravo!!!
Esse ministro tá com o tóba ardendo depois dessa fumada
O Presidente não sabe o que quer, não tem ideias.
tô pegando raiva desse véio cagão kkkk
sério, alguém sabe a política econômica do Brasil? inflação voltando, sinais de afrouxamento fiscal, desinvestimento, estrangeiros todos os retirando dinheiro da bolsa, eles sabem de alguma coisa que não sabemos
Inflacão voltando!? Pra quanto? 10...20...30%
Tá se borrando de perder a mamata de mandar dinheiro para o banco pactual. kkkk
mentira, tá com medo de perder a bocada. kkkkkkkkkkkkkkk
Guedes , tu és um grande player!Quem quiser que se engane com Sr Ministro Estás posicionado hein??Comprado sem dúvida!Sabe muito bem o que está fazendo com essa política de redução da Selic tão extrema!Menino bom... Usa seu conhecimento e poder a seu favor.. como seria diferente !Bobinho...
Vai ficar passando vergonha, sendo desmoralizado ate os bilhoes serem concluidos. Informacao previlegiada de dentro do desgoverno vale mta grana
PREVElegiada mesmo kkkkkk
É só por um general na economia!! Kkkkk
hahaha
boa, estão em tudo coloca logo alí.
Existe uma grande diferença entre ser um empresário de sucesso e ser um economista de sucesso. Infelizmente o Guedão fica no primeiro caso. Nada contra a pessoa, mas vamos admitir: não deu certo! É hora de trocar!
Como dizia um humorista a décadas: Que tem louco?
mimimi eterno
empresário de sucesso onde? vários processos
Parabens para a midia! Por favor, continuem atentos. Porque os homens pequenos nunca admitem falhas e sempre responsabilizam terceiros.. como nao ia trasferir dos miseraveis para os mais miseraveis. Penso que esse ministro ja venceu...ta na hora de pegar o bone e ir embora...
Sem programa desenvolvimentista para geração de empregos e renda para as classes C e D NÃO tem saída. Aproveita que o Nine Fingers tá livre e bate papo com ele mas fica esperto com a carteira. Deixa de ser orgulhoso...rs
Porque não diz logo que o país não tem condições financeira para bancar a bolsa em questão? Acabaria com essa novela e continuaria com o bolsa família!
Esse cara é uma fraude
Não precisa ser especialista, mas um ignorante como você deve ter outra leitura da gestão dele
esse eh paulo jegues miguedes blefedes
uma pessoa com o seu amplo conhecimento não deveria se ofender tão fácil... e com certeza deve defender que os antigos ministros da economia fariam melhor que o Guedes, afinal todos tiveram que passar por uma pandemia.
Paulo guedes o decepcionante ministro da economia, sempre culpando os outros. O cara queria acabar com a desoneração em educação e saúde no IRRF, o cara queria criar a nova CPMF, tudo isso para alimentar um programa populista do presidente e a culpa é da mídia.
Sempre ess mídia podre, que se encontra em elevado grau de crise de abstinência!
Esse é o Paulo Semana Que Vem Miguédes de sempre. Para os íntimos Agostinho Carrara...rsss
Clarroooo culpa da midia....tá SERTO.
"certo"
Esse serto ta mais que certo! Para esse tal de Guedes... kkkkk
Boa sacada do Bolso ao dar cartão vermelho ao famigerado Renda Brasil; se é pra retirar dos pobres para dar aos pobres, não daria certo, além do mais, evita-se o avanço dos gastos, o teto “incólume”, o PG ficando e o mercado mais tranquilinho.
Paulinho Gogó🤣
Ibov literalmente sendo guiada por sardinhas alvoroçadas q n pode escutar um barulho q vende, estamos perdidos!!!
Exato, são sardinhas deslumbradas. Ainda bem que sou sardinha valente.
kkk
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