SÃO PAULO (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, estão envolvidos em empresas em paraísos fiscais, de acordo com reportagem divulgada no fim de semana.
A informação da situação, em que pode haver conflito de interesses, foi revelada no fim de semana por veículos que fazem parte do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) como parte dos Pandora Papers, incluindo a revista piauí.
Ambos participarão de eventos nesta segunda-feira. Campos Neto faz palestra às 10h em reunião de conselho da Associação Comercial de São Paulo, enquanto Guedes participa às 9h30 da mesa de abertura da 1ª Semana Orçamentária do TCU.
De acordo com a piauí, Guedes foi procurado duas vezes pela revista e se manifestou por meio de nota, dizendo que toda a atuação privada do ministro anterior à investidura no atual cargo foi declarada à Receita Federal e aos demais órgãos competentes. Campos Neto afirmou que "as empresas estão declaradas à Receita Federal... Não houve nenhuma remessa de recursos às empresas após minha nomeação para função pública. Desde então, por questões de compliance, não faço investimentos com recursos das empresas".