🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

Haddad cede e concorda em votar tributária no Senado após eleição

Publicado 14.08.2024, 15:40
© Reuters Haddad cede e concorda em votar tributária no Senado após eleição

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta 4ª feira (14.ago.2024) que respeitará o pedido do Senado Federal para votar o texto principal de regulamentação da reforma tributária só depois das eleições municipais. O governo, portanto, deve retirar a urgência do projeto de lei complementar 68 de 2024, que trata do tema.

A declaração de Haddad se deu depois de uma reunião com o senador Eduardo Braga (MDB–AM), anunciado como relator da pauta na Casa Alta. Segundo ambos, a expectativa é que o texto vá ao plenário em novembro.

“Uma ponderação do senador que a Fazenda respeita e vai encaminhar é em relação ao pedido de urgência. No momento agora de eleições, fica difícil para a Casa apreciar todas as demandas de audiência, de debate e sobre eventuais emendas que forem apresentadas”, declarou o ministro a jornalistas.

O governo enviou o projeto com urgência constitucional. Isso significa que, uma vez que o texto fosse lido no plenário, seria necessário votá-lo em 45 dias. Se não houvesse a deliberação, toda a pauta de votações do Senado seria paralisada.

Com a retirada, os senadores ganham fôlego para se envolver nas campanhas dos candidatos a prefeitos. Também dá mais tempo para se discutir o texto. A eleição será realizada em outubro.

“Estamos conversando. Esse diálogo será permanente. Vamos trabalhar tecnicamente. Todos sabem que estamos diante de um calendário eleitoral no país”, disse Braga ao lado de Haddad.

A Fazenda quer votar o projeto ainda em 2024. Com a votação para novembro, o prazo para o cumprimento dessa meta fica mais apertado. Depois de passar no Senado, o texto ainda deve ser analisado novamente pela Câmara.

“Estimamos que vá acontecer no mês de novembro para que as matérias possam ir para a Câmara e também ser votadas […] Essa é a nossa luta para que possamos cumprir um calendário”, afirmou Braga.

Os deputados aprovaram em julho o texto com um processo mais rápido. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), quer deixar o cargo em 2025 com a mudança no sistema tributário como legado. A pauta supera 3 décadas e não avançou em outras legislaturas.

IMPACTOS NA ALÍQUOTA

Haddad disse que o Ministério da Fazenda irá elaborar um estudo para estimar os impactos das mudanças realizadas na Câmara dos Deputados na alíquota padrão dos novos impostos criados pela tributária. Os resultados estarão nas mãos do Senado “na semana que vem”, segundo o ministro.

A reforma estabelece um rol de produtos que terá maior ou menor taxação. Quanto mais ficassem desonerados, maior teria que ser a porcentagem do IVA (Imposto sobre Valor Agregado), para compensar as perdas de arrecadação.

A equipe econômica estimou em abril uma alíquota padrão de 26,5%. O maior impacto deve ser em relação à isenção total das carnes e de outras proteínas animais, que pode elevar o imposto até 27,1%, segundo a mesma projeção da Fazenda.

“Queremos, do nosso ponto de vista aqui da Fazenda, colocar a Secretaria Extraordinária [da Reforma Tributária] à disposição do Congresso Nacional”, afirmou Haddad.

ENTENDA A REFORMA TRIBUTÁRIA

Em resumo, a principal mudança proposta pela reforma tributária do consumo é a criação do IVA (Imposto sobre Valor Agregado) para unificar uma série de alíquotas. O objetivo é simplificar o sistema de cobranças no Brasil.

A mudança deve entrar em vigor até 2033. Foi instituída por meio de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição), aprovada pelo Congresso Nacional em dezembro de 2023.

O Brasil tem 5 tributos sobre o consumo que serão unificados pelo IVA:

  • IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados);
  • PIS (Programa de Integração Social);
  • Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social);
  • ICMS;
  • ISS (Imposto Sobre Serviços).

O IVA dual será composto por:

  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) – a fusão do IPI, PIS e Cofins. Será gerenciado pela União (governo federal);
  • IBS – unifica o ICMS e o ISS. Terá gestão compartilhada entre Estados e municípios.

O Poder360 preparou uma reportagem que explica em detalhes a reforma tributária e as mudanças que trará ao cotidiano do cidadão. Leia aqui.

Leia mais em Poder360

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.