O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, insistiu nesta sexta-feira, 19, na defesa da reoneração gradual da folha de pagamentos, comparando a estratégia da pasta ao que foi aprovado na Reforma Tributária sobre consumo, em que benefícios tributários são extintos ao longo do tempo.
"A reforma tributária, que não tratou da questão da renda do trabalho e capital, só do imposto sobre consumo, tem procedimento que deveria ser adotado em casos semelhantes. Foram R$ 150 bilhões investidos em desoneração que não renderam emprego e aumento de salário a ninguém", afirmou Haddad. "Em casos como esse, o que fez a reforma tributária? Diluiu no tempo", disse.
Haddad afirmou que levará esse princípio para as reuniões que terá sobre a MP da reoneração com os líderes do Congresso. "Se valeu para todos os benefícios, não seria bom princípio para o imposto previdenciário? Vamos levar aos líderes. E temos duas reuniões. E assim que falar com Pacheco, eu volto a falar com vocês, tendo em conta com que tratamos", afirmou a repórteres, numa referência ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco - que disse nesta manhã que a medida provisória (MP) que retoma impostos sobre salários será revogada.