A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), associação responsável pela representação da cadeia produtiva de árvores plantadas, prevê investimentos em expansão, novas fábricas, florestas e tecnologia próximos de R$ 35,5 bilhões entre 2020 e 2023. Segundo a entidade, o montante representa praticamente o dobro do registrado nos quatro anos anteriores, quando foram investidos R$ 18 bilhões. O maior volume de aportes, acrescenta a Ibá, demonstra a confiança do segmento no crescimento da economia verde.
Em comentário no relatório anual da entidade, com dados de 2019, seu presidente, Paulo Hartung, reafirma que a "rastreabilidade é um imperativo para esta cadeia", que há anos trabalha com produção sustentável, provendo inúmeros produtos de origem renovável.
Nesse sentido, acrescenta a Ibá, o setor tem investido em pesquisa e inovação na busca por bioprodutos e biomateriais da economia circular, biodegradáveis e recicláveis, como mais opções para tecidos verdes, como a celulose solúvel, usada na viscose, e a microfibrilada, em fase de desenvolvimento. Somente em 2019, o valor aplicado em inovação cresceu para cerca de 2% de todos os investimentos do segmento.
Receita bruta
Em 2019, o setor atingiu pela primeira vez uma receita bruta total na casa de R$ 100 bilhões, de acordo com o relatório. A contribuição na balança comercial foi de US$ 10,3 bilhões, o segundo melhor resultado dos últimos 10 anos. Essa cadeia industrial representa 1,2% do PIB Nacional. No ano passado foram 1,3 milhão de postos de trabalho, na cadeia de árvores plantadas, somando oportunidades para 3,75 milhões de brasileiros em todo o País. Com os investimentos em expansão, devem ser criados mais 36 mil novos postos de trabalho.
Lançado hoje, o Relatório Anual da Ibá 2020 foi produzido pela primeira vez em parceria com Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getulio Vargas (FGV). É possível acessar a íntegra do relatório.