Por Maayan Lubell
JERUSÁLEM (Reuters) - Colonos judeus concordaram em abandonar um posto avançado remoto que causa atritos com palestinos que também reivindicam a terra, disseram autoridades, graças a um acordo que resolveu um teste político delicado para o novo governo de Israel.
Conforme o acordo firmado com o primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, os colonos deixarão o posto avançado de Givat Eviatar, na Cisjordânia sob ocupação israelense.
No entanto, parece provável que ao menos parte dos edifícios novos do posto avançado permanecerão, trancados e sob guarda militar, um desfecho que certamente revoltará manifestantes palestinos que exigem sua retirada.
O assentamento no posto avançado no alto de uma colina, próximo da cidade palestina de Nablus, foi estabelecido sem permissões do governo de Israel em maio e hoje abriga mais de 50 famílias de colonos.
Os militares israelenses ordenaram que ele seja liberado, apresentando uma contestação inicial ao premiê. Bennett já foi um líder do movimento de colonos e comanda um partido pró-colonos, o que o coloca em choque com parte de sua própria base eleitoral se os colonos forem expulsos à força.
Mas sua coalizão governista só sobrevive com o apoio de partidos de esquerda e árabes islâmicos, o que dificulta decisões políticas polêmicas sobre o conflito entre israelenses e palestinos.
Uma autoridade do Ministério da Defesa de Israel, que administra os assentamentos, disse que as famílias de Givat Eviatar concordaram em sair voluntariamente até o final de semana.
(Reportagem adicional de Ali Sawafta)