Por Nidal al-Mughrabi e Dan Williams
GAZA/JERUSALÉM (Reuters) - Israel matou um dos principais comandantes da Jihad Islâmica, grupo militante palestino apoiado pelo Irã, em um ataque direcionado na Faixa de Gaza nesta terça-feira, e militantes reagiram disparando foguetes contra cidades israelenses, incluindo Tel Aviv.
Na escalada mais grave da violência na região em meses, um ataque de mísseis de Israel também visou a casa de uma autoridade da Jihad Islâmica em Damasco e matou duas pessoas, inclusive um de seus filhos, noticiou a mídia estatal da Síria. Israel não fez nenhum comentário sobre o incidente.
"Israel executou dois ataques coordenados, na Síria e em Gaza, em uma declaração de guerra", disse o líder da Jihad Islâmica, Khaled Al-Batsh, no funeral de Baha Abu Al-Atta em Gaza.
Autoridades israelenses descreveram Al-Atta como "uma bomba-relógio" responsável por uma série de ataques com foguetes, drones e franco-atiradores através da fronteira e suspeito de planejar outros.
"Realizamos o ataque (a Al-Atta) porque não havia outra escolha", disse o porta-voz dos militares de Israel, coronel Jonathan Conricus. "Quero enfatizar que não pretendemos escalar ainda mais a situação".
É provável que a morte de Al-Atta em casa, ao lado da esposa, crie um novo problema para o Hamas, facção que governa Gaza e vem procurando firmar tréguas com Israel desde a guerra de 2014.
Israel classifica a elevação das tensões em Gaza como parte de uma luta regional contra o arqui-inimigo Irã que transbordou para a Síria. O primeiro-ministro conservador, Benjamin Netanyahu, citou tais possibilidades ao tentar formar um governo de coalizão com rivais de centro-direita na esteira de duas eleições inconclusivas neste ano