O Parlamento do Japão aprovou na 3ª feira (17.dez.2024) o orçamento suplementar para o atual ano fiscal, que vai até março de 2025, no valor de U$ 90 bilhões (Mais de R$ 550 bilhões na cotação atual). O orçamento busca garantir o financiamento de um novo pacote econômico no país, incluindo custos de reconstrução após desastres e medidas de alívio da inflação.
A Câmara dos Conselheiros, também conhecida como câmara alta, aprovou o plano de gastos antes do final da atual sessão da Dieta (como é chamado o poder legislativo bicameral), que deve ser estendida até a próxima 3ª feira (24.dez), após ter passado na Câmara dos Representantes com o apoio de alguns partidos da oposição. As informações são do Valor Econômico.
Na câmara baixa, que é mais poderosa que a câmara alta, a coalizão governista do primeiro-ministro Shigeru Ishiba (Partido Liberal Democrata, direita) precisou da cooperação de partidos de oposição depois de perder a maioria nas eleições gerais que aconteceram em outubro deste ano. Na câmara alta, porém, o controle ainda é da ala governista.
O bloco governista, liderado pelo Partido liberal Democrata, o mesmo do primeiro-ministro, precisou acatar com diversas demandas do Partido Democrático para o Povo, entre elas o aumento do limite de isenção de impostos sobre a renda anual, que é de 1,03 milhão de ienes atualmente. O partido de Ishiba tem buscado incentivar funcionários de empregos de meio período a trabalharem mais horas, aumentando a renda.
O pacote econômico que será implementado pelo governo de Ishiba deve totalizar 39 trilhões de ienes, com o orçamento suplementar. O pacote inclui subsídios para conter os custos de energia, que tem aumentado no Japão, assim como pagamentos únicos em dinheiro para famílias que possuem renda baixa. O orçamento suplementar também engloba gastos de reconstrução da Península de Noto, que foi atingida por um forte terremoto e chuvas intentas em setembro.