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Japão pode manter mandato de combate à deflação mesmo que BC acabe com juros negativos, diz autoridade do governo

Publicado 06.02.2024, 07:51
Atualizado 06.02.2024, 07:55
© Reuters. Sede do BC do Japão em Tóquio
07/04/2023
REUTERS/Androniki Christodoulou

Por Leika Kihara e Takahiko Wada

TÓQUIO (Reuters) - O Japão pode manter seu plano de uma década de combate à deflação mesmo que o banco central elimine gradualmente seu estímulo maciço com o fim das taxas de juros negativas, disse a economista-chefe do governo, Tomoko Hayashi.

Sob pressão do então primeiro-ministro Shinzo Abe para tomar medidas mais ousadas para combater a deflação, o Banco do Japão (BOJ, na sigla em inglês) assinou uma declaração conjunta com o governo em 2013 e se comprometeu a atingir sua meta de inflação de 2% "o mais cedo possível".

A promessa serviu como a espinha dorsal do estímulo monetário radical do ex-presidente do BOJ, Haruhiko Kuroda, e como justificativa para manter as taxas de juros do Japão em níveis extremamente baixos.

Alguns analistas dizem que a promessa está ultrapassada, uma vez que a inflação está acima de 2% há mais de um ano, levando o banco central a contemplar um fim de curto prazo para sua política de taxas negativas.

Hayashi rebateu essa opinião, dizendo que qualquer mudança na política monetária não alteraria a importância de sua meta de inflação de 2% e a necessidade de o governo e o banco central coordenarem suas ações para evitar o retorno da deflação.

"A importância dessa declaração, que exigiu a necessidade de acabar com a deflação e alcançar um crescimento sustentável, não mudará", disse Hayashi à Reuters em uma entrevista na segunda-feira.

"A estrutura atual, sob a qual o BOJ orienta a política monetária com o objetivo de atingir sua meta de inflação de 2%, é algo muito importante para o governo e o público."

Hayashi esteve envolvida na elaboração da declaração conjunta como funcionária sênior do Gabinete do Governo. Como diretora-geral do Escritório de Pesquisa Econômica, ela atualmente informa o primeiro-ministro Fumio Kishida regularmente sobre os desdobramentos econômicos.

A revisão da declaração conjunta, uma medida considerada por alguns membros do governo no ano passado, poderia afetar as decisões do banco central ao redefinir seu papel e o do governo, bem como as prioridades das políticas de ambos.

© Reuters. Sede do BC do Japão em Tóquio
07/04/2023
REUTERS/Androniki Christodoulou

Pouco depois de Kishida nomear Kazuo Ueda como novo presidente do BOJ no ano passado, os dois disseram que não tinham planos de alterar a declaração conjunta por enquanto.

Quando questionado sobre a declaração, Kishida disse ao Parlamento nesta terça-feira que o governo e o Banco do Japão devem "sempre se comunicar estreitamente" sobre os papéis que devem desempenhar na revitalização da economia.

"O governo está tomando medidas para acabar com a deflação e alcançar aumentos salariais estruturais e estáveis, acompanhados por uma inflação moderada, de modo que um ciclo econômico virtuoso seja retomado", disse Kishida. "Espero que o BOJ leve em consideração a política econômica do governo ao tomar decisões de política monetária."

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