NOVA IORQUE (Reuters) - O juiz que está supervisionando o processo civil por fraude em Nova York contra o ex-presidente norte-americano, Donald Trump, emitiu nesta sexta-feira uma ordem de silêncio que proíbe que todos os advogados façam comentários públicos sobre as comunicações do magistrado com seus funcionários.
O juiz Arthur Engoron, do tribunal estadual de Nova York em Manhattan, emitiu a ordem após advogados da defesa fazerem várias objeções à relação de trabalho entre ele e sua principal assessora, incluindo sugestões de que ela era parcial. O próprio Trump a acusou de ser enviesada.
Em sua ordem, Engoron disse que há um “direito irrestrito” de consultar seus funcionários durante o julgamento e que a ordem de silêncio tinha o objetivo de proteger a segurança deles.
“O direito sob a Primeira Emenda dos réus e seus advogados de fazerem comentários sobre meus funcionários é, em muito, superado pela necessidade de protegê-los de ameaças e danos físicos”, escreveu Engoron, referindo-se às proteções de liberdade de expressão da Constituição dos EUA.
Não cumprir a ordem de silêncio, disse o juiz, “resultará em graves sanções”.
A ordem foi emitida após os filhos de Trump -- Donald Trump Jr. e Eric Trump -- darem depoimento nesta semana. Trump deve depor na próxima segunda-feira.
(Reportagem de Jonathan Stempel e Susan Heavey)