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Juros futuros caem apesar de impulso por inflação no Brasil e nos EUA

Publicado 11.01.2024, 17:01
Atualizado 11.01.2024, 17:05

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - As taxas dos DIs fecharam a quinta-feira em baixa no Brasil, em sessão marcada por dados de inflação piores que os esperados nos Estados Unidos e um IPCA dentro da meta no Brasil, com a curva de juros brasileira ainda refletindo a perspectiva de que o Banco Central seguirá com o ritmo de cortes de 0,50 ponto percentual da taxa básica Selic.

No início do dia, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou 2023 com alta acumulada de 4,62%, ficando abaixo do teto da meta (4,75%) perseguida pelo BC. Foi a primeira vez que o BC cumpriu a meta depois de dois anos consecutivos de estouro, em 2021 e 2022.

Em dezembro, o IPCA subiu 0,56%, acima do 0,48% projetado por economistas ouvidos pela Reuters. Mais do que o resultado em si, economistas do mercado chamaram atenção para o fato de a composição do indicador no mês passado ter vindo pior que o esperado.

“Destacamos a aceleração da média dos 5 núcleos acompanhados pelo Banco Central, que passou a mostrar uma inflação maior no acumulado dos últimos 3 e 6 meses”, pontuou o economista Victor Beyruti, da Guide Investimentos, em análise enviada a clientes.

“Além disso, é a segunda leitura consecutiva de aceleração da medida de serviços subjacente, que acompanhada da inflação de serviços como um todo passou a mostrar uma inflação maior no acumulado em 12 meses”, acrescentou.

Os dados do IPCA impulsionaram as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros): o contrato para janeiro de 2026 chegou a registrar elevação de 7 pontos-base e o vencimento para janeiro de 2027 subiu 5 pontos-base. Na ponta longa da curva a termo, as altas eram mais contidas.

Posteriormente, as taxas futuras perderam fôlego, mas novo impulso de alta surgiu às 10h30, com a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA. O Departamento do Trabalho informou que o indicador subiu 0,3% em dezembro, depois de ter avançado 0,1% em novembro. O custo de moradia foi responsável por mais da metade do aumento do índice.

Nos 12 meses até dezembro, os preços ao consumidor aumentaram 3,4%, depois de alta de 3,1% em novembro. Economistas consultados pela Reuters previam altas de 0,2% no mês e de 3,2% na comparação anual.

Os números acima do esperado fizeram os rendimentos dos Treasuries renovarem algumas máximas, o que também impulsionou as taxas dos DIs no Brasil: o contrato para janeiro de 2027 chegou a subir 6 pontos-base perto das 11h.

O ímpeto trazido pelo IPCA e pelo CPI em um primeiro momento, no entanto, não se sustentou e no início da tarde as taxas de boa parte dos contratos já oscilavam no território negativo no Brasil.

“Este movimento nosso é um fechamento marginal (da curva), é um reflexo dos nossos dados de inflação”, avaliou durante a tarde João Ferreira, sócio da One Investimentos. “O IPCA acabou indicando que seguimos no caminho de uma inflação controlada, dando margem à perspectiva de que o BC continue com o ritmo de cortes (de 0,50 ponto percentual da Selic).”

Ferreira ponderou, no entanto, que o cenário externo -- no qual investidores reduziram as apostas de que o Federal Reserve iniciará seu corte de juros em março -- servia de limitador para a baixa das taxas dos DIs.

No exterior, numa sessão marcada pela volatilidade, os rendimentos do título norte-americano de dez anos -- referência global de investimentos -- também oscilavam em baixa no fim da tarde, o que reforçou o viés negativo para as taxas no Brasil.

A taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 10,125% no fim da tarde, ante 10,144% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 9,755%, ante 9,799% do ajuste anterior. A taxa para janeiro de 2027 estava em 9,87%, ante 9,908%.

Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2028 estava em 10,085%, ante 10,129%. O contrato para janeiro de 2031 marcava 10,45%, ante 10,498%.

Perto do fechamento a curva a termo precificava 99% de chances de o corte da taxa básica Selic no fim de janeiro ser de 0,50 ponto percentual, como vem sinalizando o BC. Atualmente, a Selic está em 11,75% ao ano.

Às 16:47 (de Brasília), o rendimento do Treasury de dez anos -- referência global para decisões de investimento -- caía 4,00 pontos-base, a 3,9904%.

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