Por Carolina Mandl e Davide Barbuscia
NOVA YORK (Reuters) - O presidente-executivo da BlackRock (NYSE:BLK), Larry Fink, disse nesta quarta-feira que não planeja deixar a maior gestora de ativos do mundo "tão cedo".
Fink, de 70 anos, afirmou que não tem planos de se aposentar, mas a BlackRock tem se preparado para sua sucessão.
"Não tenho prioridade maior do que desenvolver os líderes da próxima geração para a BlackRock", disse ele, durante evento com investidores da gestora.
Fink cofundou a BlackRock em 1988 junto com sete sócios. Agora, investidores e analistas começam a questionar quem será o próximo a assumir o comando da empresa.
"A BlackRock está em um ponto estratégico de inflexão, conforme busca aumentar o crescimento e atender às necessidades dos clientes. Como resultado, a sucessão na BlackRock adquire uma importância adicional", disse Cathy Seifert, vice-presidente da empresa de research CFRA.
Os principais executivos da BlackRock disseram que a companhia está de olho em aquisições e visa um crescimento orgânico de 5% na receita com taxas entre 2023 e 2027, mesmo ritmo visto entre 2019 e 2022. Ainda assim, a empresa espera elevar a participação de mercado no segmento de 2,8% para 3,1%.
As ações da BlackRock subiram quase 2% após os comentários de executivos da empresa e em meio às perspectivas de que uma pausa no aumento dos juros pelo Federal Reserve beneficiará as gestoras de ativos.
(Reportagem de Carolina Mandl e Davide Barbuscia, em Nova York)