Por Susan Heavey
WASHINGTON (Reuters) - Pouco depois da aprovação do plano de gastos sociais e ambientais do presidente norte-americano, Joe Biden, pela Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, seus colegas democratas estão pressionando o projeto no Senado, onde pode sofrer grandes mudanças em questões como o pagamento de licença familiar de forma a satisfazer os centristas do partido.
O pacote de 1,75 trilhão de dólares, aprovado pela Câmara na sexta-feira contra oposição republicana unificada, inclui quatro semanas de licença familiar pagas pelo governo por motivos como nascimento de uma criança ou necessidade de cuidar de um parente doente. É provável que isso se torne um ponto de conflito nos próximos dias.
A legislação, que visa fortalecer a rede de segurança social dos Estados Unidos e combater a mudança climática, deve conquistar moderados e liberais democratas do Senado, conforme os republicanos continuam se opondo. Os democratas disseram que querem um acordo até o final do ano. Quaisquer mudanças no Senado precisariam da aprovação da Câmara novamente.
"Haverá algumas mudanças", disse o senador democrata Jon Tester ao programa "Meet the Press" da NBC, pedindo um meio-termo. "Nem todos nós vemos o mundo da mesma maneira."
Biden disse que espera assinar o projeto de lei assim que for aprovado no Congresso, controlado pelos democratas, que detêm maioria estreita. O pacote deve garantir apoio dos 48 democratas do Senado, com 100 cadeiras, e de dois independentes que concordam com eles, porque nenhum republicano votará a favor.
Os democratas centristas Joe Manchin e Kyrsten Sinema, em particular, levantaram preocupações sobre seu custo e escopo.
A senadora democrata Kirsten Gillibrand mencionou diferenças com Manchin sobre a licença familiar paga, mas disse que espera que eles possam chegar a um acordo nas próximas três semanas.