Por Michel Rose e Philip Blenkinsop
BRUXELAS (Reuters) - Os líderes da União Europeia discutirão nesta quinta-feira o veto da Polônia e da Hungria ao plano financeiro de 1,8 trilhão de euros da UE para se recuperar da recessão causada pela pandemia de Covid-19, mas as autoridades não esperam solução esta semana.
Varsóvia e Budapeste recusaram-se a apoiar o plano financeiro para toda a UE, embora sejam seus beneficiários, porque o dinheiro está condicionado ao respeito ao Estado de Direito.
Ambos os países estão sob investigação da UE por comprometerem a independência de tribunais, meios de comunicação e organizações não governamentais e, com a condição em vigor, correm o risco de perder o acesso a dezenas de bilhões de euros.
Enquanto a Polônia e a Hungria se recusam a apoiar o plano financeiro com a condição do Estado de Direito, outros, como a Holanda e o Parlamento Europeu, recusam-se a aceitá-lo sem ele. Ambos os lados parecem estar determinados.
"Acho que devemos pedir às duas capitais que expliquem (na videoconferência dos líderes) qual é o seu verdadeiro problema. Não cabe a nós apresentar propostas. Acho que depende de Budapeste e Varsóvia", disse um diplomata sênior da UE.