BRASÍLIA (Reuters) - Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro subiram neste sábado na parte externa do prédio do Congresso Nacional e tentaram invadir áreas restritas, sendo impedidos pela polícia legislativa.
A presidência do Senado informou, em nota, que o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), acionou a polícia legislativa para fazer a retirada do grupo assim que tomou conhecimento dos fatos.
"Um grupo denominado 300 do Brasil tentou invadir áreas restritas do Congresso Nacional. O grupo chegou a subir no prédio, na parte externa onde ficam gôndolas, próximo às cúpulas do Congresso Nacional", disse a presidência do Senado, acrescentando que a polícia estava negociando com os manifestantes de maneira pacífica.
O grupo "Os 300 do Brasil", de inspiração paramilitar, se autodenomina como movimento de militância bolsonarista. Um acampamento dos ativistas na Esplanada dos Ministérios foi desmontado mais cedo neste sábado pela Polícia do Distrito Federal, por ordem da Secretaria de Segurança Pública.
A líder do grupo, Sara Winter, escreveu no Twitter que a tentativa de invasão ao Congresso foi uma resposta do grupo.
"Nosso acampamento foi derrubado na base da facada enquanto a gente dormia. Subimos o tom, e acabamos de invadir o Congresso!", afirmou.
Imagens publicadas por Winter nas redes sociais mostraram um grupo de cerca de 30 pessoas caminhando perto das cúpulas do Congresso, soltando rojões e xingando o Parlamento.
Apoiadores de Bolsonaro têm realizado protestos semanalmente aos domingos com pedidos de fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF). O próprio presidente costuma comparecer aos atos para cumprimentar os manifestantes.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello; e Pedro Fonseca, em São Paulo)