Por Moira Warburton e Katharine Jackson
WASHINGTON (Reuters) - O líder republicano no Congresso, Kevin McCarthy, disse neste sábado que está fazendo “progresso” em negociações com o presidente democrata, Joe Biden, sobre um aumento do teto da dívida do governo federal, com o país correndo o risco de um calote em pouco mais de uma semana.
O tempo é curto. O Departamento do Tesouro disse na sexta-feira que o governo não terá mais fundos para pagar todas as suas contas em 5 de junho se não houver ação do Congresso, um prazo um pouco maior, mas mais firme do que a previsão anterior de calote, ainda em 1º de junho.
E qualquer acordo em princípio entre Biden e o presidente da Câmara, McCarthy, seria o começo do que pode facilmente ser um processo de uma semana de acompanhamento da legislação em um Congresso estreita e amargamente dividido.
“Não temos um acordo”, disse McCarthy a repórteres. “Não chegamos lá ainda. Fizemos progresso, trabalhamos bem cedo nesta manhã. E estamos de volta agora.”
Republicanos linha-dura ameaçaram bloquear qualquer projeto de lei que não atinja suas expectativas, que incluem cortes de gastos profundos.
Democratas progressistas também ameaçaram reter apoio a algumas das concessões mencionadas, especialmente a imposição de novas exigências de trabalho a programas federais anti-pobreza.
“Está muito próximo e estou otimista”, disse Biden a repórteres na sexta-feira.
Os republicanos controlam a Câmara por uma margem de 222 a 213, e os democratas têm maioria no Senado, por 51 a 49, um caminho muito estreito para aprovar qualquer acordo entre o presidente democrata e o presidente da Câmara republicano.
Os republicanos tentaram reduzir drasticamente os gastos do governo pelos próximos 10 anos para desacelerar o crescimento da dívida dos EUA, que agora é igual à produção anual da economia.
Mas o acordo provisório provavelmente ficaria muito aquém desse objetivo.
Os dois lados provisoriamente chegaram a um acordo que elevaria o teto da dívida o bastante para cumprir as necessidades de empréstimo do país até a eleição presidencial de novembro de 2024.
(Reportagem de Moira Warburton e Katharine Jackson)