SÃO PAULO (Reuters) - Economistas passaram a prever um déficit primário um pouco menor e uma dívida bruta mais baixa neste ano, embora tenham elevado a projeção de rombo para 2025, mostrou nesta segunda-feira o relatório Prisma Fiscal, compilado pelo Ministério da Fazenda.
O boletim de janeiro mostrou expectativa mediana de que o Brasil registre em 2024 saldo negativo de 86,143 bilhões de reais, contra expectativa de rombo de 90,000 bilhões no relatório anterior.
Para o ano que vem, no entanto, houve uma revisão na estimativa de déficit a 82,760 bilhões de reais, contra 78,150 bilhões esperados anteriormente.
No que diz respeito à arrecadação das receitas federais -- considerada crucial pelos mercados para que o governo consiga atingir as metas previstas no novo arcabouço fiscal -- a visão mediana no Prisma passou a embutir uma projeção de 2,533 trilhões de reais neste ano, abaixo dos 2,534 trilhões previstos no boletim anterior.
Por outro lado, para 2025, a expectativa de arrecadação subiu marginalmente a 2,689 trilhões de reais, de 2,683 trilhões antes.
Para 2024, foi prevista receita líquida (descontados os repasses a Estados e municípios) de 2,083 trilhões de reais, acima dos 2,077 trilhões do último Prisma. Para 2025, a expectativa também melhorou a 2,214 trilhões de reais, de 2,211 trilhões antes.
Além disso, o mercado reduziu suas projeções para a dívida bruta do governo geral a 78,10% do PIB neste ano e a 80,10% do PIB no próximo, mostrou o Prisma. Em dezembro, a expectativa era de endividamentos de 78,80% e de 81,20%, respectivamente.
(Por Luana Maria Benedito)