SÃO PAULO (Reuters) - Participantes do mercado financeiro melhoraram novamente suas projeções para o resultado primário deste ano e do próximo, ao mesmo tempo que reduziram o prognóstico para a dívida pública ao final de 2024, mostrou uma pesquisa do governo nesta sexta-feira.
O relatório Prisma Fiscal de fevereiro, compilado pelo Ministério da Fazenda, mostra agora previsão mediana de saldo primário negativo de 83,974 bilhões de reais em 2024, melhora significativa ante a expectativa de rombo de 86,143 bilhões no mês anterior.
Para o ano que vem, o Prisma estima agora déficit primário de 79,740 bilhões de reais, contra saldo negativo de 82,760 bilhões projetado no relatório anterior.
No que diz respeito à arrecadação das receitas federais -- considerada crucial pelos mercados para que o governo consiga atingir as metas previstas no novo arcabouço fiscal -- a visão mediana no Prisma passou a calcular 2,544 trilhões de reais neste ano, acima dos 2,533 trilhões previstos no boletim anterior.
Para 2025, a expectativa de arrecadação também subiu, a 2,694 trilhões de reais, de 2,689 trilhões antes.
Para 2024, foi prevista receita líquida (descontados os repasses a Estados e municípios) de 2,093 trilhões de reais, acima dos 2,083 trilhões do último Prisma. Para 2025, a expectativa também melhorou a 2,221 trilhões de reais, de 2,214 trilhões antes.
Enquanto isso, o mercado reduziu a projeção para a dívida bruta do governo geral a 77,67% do PIB neste ano, contra 78,10% esperados no mês anterior. Para 2025, o prognóstico foi mantido em 80,10%, sem alterações.
(Por Luana Maria Benedito)