Por Kaori Kaneko e Tetsushi Kajimoto
TÓQUIO (Reuters) - O banco central do Japão não precisa alterar sua meta de inflação de 2%, já que alcançá-la ajudará a criar o tipo de sociedade que o país quer com preços estáveis, disse o ministro da Economia, Daishiro Yamagiwa, minimizando especulações de que o objetivo pode ser alterado.
O governo e o Banco do Japão divulgaram um comunicado conjunto em janeiro de 2013 em que o banco central, sob pressão política para adotar uma postura mais forte contra a deflação, determinou a meta de inflação de 2%.
Mas, apesar de anos de impressão de dinheiro e fortes gastos fiscais, o Japão tem tido dificuldades para elevar a inflação, levantando especulações entre alguns investidores de que as autoridades podem ser forçadas a alterar o comunicado conjunto.
"Neste momento, não há necessidade de mudar o comunicado conjunto. O PIB expandiu de forma constante por nove anos de Abenomics", disse Yamagiwa, referindo-se à política econômica reflacionária do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe.
Yamagiwa pode participar de revisões de política monetária do Banco do Japão como representante do Escritório do Gabinete. Representantes do governo não podem votar nas decisões do banco, mas podem expressar suas opiniões e adiar votações.
(Reportagem de Kaori Kaneko e Tetsushi Kajimoto)