BRASÍLIA (Reuters) -O Banco Central afirmou nesta quarta-feira que não existe e jamais existirá censura ou cerceamento de qualquer espécie à livre manifestação de seus dirigentes, ressaltando que os diretores da autarquia têm sido incentivados a se manifestar mais em público.
A nota da autarquia foi publicada em resposta a reportagem do jornal Folha de S.Paulo desta quarta, que alega que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, estaria tentando condicionar entrevistas dos diretores à sua aprovação prévia.
De acordo com o jornal, um documento interno do BC que sugere que "assuntos afetos à comunicação com os órgãos de imprensa fiquem subordinados diretamente ao presidente do BC" teria voltado à pauta após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicar o ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda Gabriel Galípolo para a diretoria de política monetária da autarquia.
A nota do BC afirma que todo diretor do BC tem pleno direito de expressar livremente suas opiniões nos canais que considerar adequados "sem necessidade de quaisquer autorização ou aprovação prévias".
“O BC vem estudando como aprimorar sua comunicação e qualquer mudança virá no sentido de estimular maior abertura e exposição do pensamento de seus dirigentes e da atuação da autarquia”, afirmou.
Segundo o órgão, as regras para comunicação com o público buscam ampliar a transparência, evitar assimetria de informações entre agentes de mercado e balancear o atendimento a veículos de imprensa.
(Por Bernardo CaramEdição de Pedro Fonseca)