BRASÍLIA (Reuters) - Não há como o auxílio emergencial de 600 reais ser estendido, afirmou nesta quinta-feira o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, frisando que o programa é extremamente caro e não tem o desenho de uma medida estrutural.
"Existe possibilidade de auxílio emergencial ser estendido? Não, não tem como", afirmou Sachsida, em live promovida pelo Banco Safra.
Se após quatro meses a pandemia se agravar, demandando medidas adicionais, ele avaliou que o governo terá tempo suficiente para analisar respostas que contenham mais "focalização" e mais "atenção ao custo do programa".
"Cada um mês de auxílio emergencial custa mais que um ano de Bolsa Família", disse.
Sachsida avaliou que o maior desafio da equipe econômica em meio à crise tem sido fazer o crédito chegar à ponta. Para as micro e pequenas empresas, a expectativa é que isso aconteça após sanção na próxima semana de projeto aprovado no Congresso, o chamado Pronampe.
Para viabilizá-lo, o Tesouro irá aportar 15,9 bilhões de reais no Fundo de Garantia de Operações (FGO), administrado pelo Banco do Brasil (SA:BBAS3). Os recursos serão utilizados como garantia na concessão de empréstimos, num momento em que bancos estão receosos de abrir a torneira para esse público por medo de inadimplência.
(Por Marcela Ayres)