Por Oleksandr Khozhukar
LVIV, Ucrânia (Reuters) - A Rússia enfrentava nesta terça-feira a perspectiva de sofrer mais sanções ocidentais em retaliação pelas mortes de civis no norte da Ucrânia, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, pediu uma investigação minuciosa, dizendo que mais corpos podem ser encontrados em áreas recuperadas de invasores russos.
Moscou acusou o Ocidente de encenar as mortes para desacreditar suas tropas, negou ter cometido quaisquer atrocidades e ameaçou expulsar diplomatas ocidentais.
A Rússia retirou suas forças de cidades ao norte da capital ucraniana, Kiev, na semana passada, quando decidiu concentrar suas operações no sul e no leste da Ucrânia.
Vários civis mortos foram encontrados nas ruas de diversas cidades, incluindo Bucha, à medida que as tropas ucranianas recapturavam áreas devastadas por quase seis semanas de guerra.
Imagens de uma vala comum em Bucha e de corpos de pessoas mortas com tiros à queima-roupa provocaram uma indignação internacional e promessas de mais sanções contra Moscou.
O presidente norte-americano, Joe Biden, pediu um julgamento por crimes de guerra contra o presidente russo, Vladimir Putin, e os EUA vão pedir à Assembleia Geral da ONU que suspenda a Rússia do Conselho de Direitos Humanos da organização.
Dmitry Medvedev, ex-presidente da Rússia e aliado próximo de Putin que agora serve como chefe adjunto de seu Conselho de Segurança, disse que os relatos de assassinatos de civis em Bucha eram "falsos", com o objetivo de desacreditar a Rússia.
Moscou disse que apresentaria "provas empíricas" para uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas nesta terça-feira, provando que suas forças não estavam envolvidas.
(Reportagem adicional de Redações da Reuters)