Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), considera que o superferiado de 10 dias vem dando certo no combate à disseminação do coronavírus e pretende afrouxar algumas medidas a partir da semana que vem.
A circulação de pessoas na cidade recuou fortemente desde sexta-feira, quando começou o recesso sanitário. Nos primeiros dias fora do fim de semana (sexta e segunda-feira) a circulação de veículos caiu mais de 90% segundo dados da prefeitura.
Os transportes públicos, que vivem um processo de quase falência no Rio desde antes da pandemia, seguem cheios na cidade, problema que, segundo a prefeitura, será resolvido, mas sem data definida.
“Sim", disse Paes a jornalistas sobre a eficácia do superferiado. "Vacinando muito e abrindo leitos a chance de as pessoas irem a óbito é muito menor“, acrescentou.
O prefeito acredita que o super recesso vai reduzir a circulação do vírus na cidade e consequentemente diminuir a pressão sobre o sistema de saúde.
“Quanto mais as pessoas respeitarem as regras mais a gente poderá flexibilizar a partir de segunda-feira. Os dez dias não são aleatórios. Se segurar os 10 dias você tem impacto importante olhando para frente“, disse Paes.
“A gente quer flexibilizar a partir de segunda-feira. Estamos definindo as regras e vamos aguardar um pouco mais esses dias e vamos anunciar provavelmente, se Deus quiser, essa flexibilização“, acrescentou.
Durante o super recesso apenas os serviços essenciais estão operando na cidade.
A fila de espera por um leito no Estado tem mais de mil pessoas mas a procura por vagas de UTI caiu pela primeira vez depois de uma semana de recordes diários. Ainda sim, são quase 700 pacientes aguardando um leito de UTI.
“A gente quer com esses dez dias um choque no vírus para a cidade por voltar a fluir “, afirmou Paes.
A cidade já tem cerca de 10% da população vacinada e espera até o fim de abril imunizar todos os idosos.
O Estado anunciou que vai baixar um decreto com 3 categorias prioritárias na campanha de vacinação contra Covid: agentes de segurança, profissionais de saúde e de educação.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)