Por Daphne Psaledakis e Patricia Zengerle
WASHINGTON (Reuters) - Os parlamentares norte-americanos estão se recusando a liberar milhões de dólares em fundos que Washington considera essenciais para ajudar a combater a violência crescente no Haiti, em outro possível obstáculo para a força internacional.
O deputado Michael McCaul, presidente republicano do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, e o senador Jim Risch, o principal republicano do Departamento de Relações Exteriores do Senado, "seguraram" 40 milhões de dólares solicitados pelo Departamento de Estado dos EUA, alertando o governo de que precisam de "muito mais detalhes" antes de liberar mais recursos.
Assessores do Congresso disseram que o dinheiro que está sendo retido poderia impedir o envio da força policial queniana ao Haiti, a menos que outro país se prontificasse a preencher a lacuna. Os 40 milhões de dólares cobririam os custos essenciais para a missão.
O Departamento de Estado está negociando com o Congresso sobre a aprovação dos fundos, disse uma autoridade do Departamento de Estado.
"Achamos que é essencial para a implantação", disse a autoridade, falando sob condição de anonimato.
A violência das gangues aumentou no Haiti, alimentando uma crise humanitária, cortando o fornecimento de alimentos e forçando centenas de milhares de pessoas a deixarem suas casas. O primeiro-ministro Ariel Henry prometeu na segunda-feira renunciar assim que um conselho de transição e um líder temporário fossem escolhidos.
Os países têm demorado a oferecer apoio e as dúvidas aumentaram depois que o Quênia -- que havia se comprometido a liderar -- anunciou que estava interrompendo o envio de tropas depois que Henry anunciou que renunciaria.
(Reportagem de Daphne Psaledakis e Patricia Zengerle; reportagem adicional de Idrees Ali em Washington e Aaron Ross em Nairóbi)