Por Angelo Amante e Gavin Jones
ROMA (Reuters) - O Parlamento da Itália começa a votar nesta segunda-feira para eleger um novo chefe de Estado, com o primeiro-ministro Mario Draghi entre os candidatos mais proeminentes em uma disputa que ainda não sinaliza favoritos e que será monitorada de perto pelos mercados financeiros.
Num processo que pode levar vários dias, mais de mil parlamentares e representantes regionais se reunirão às 14h (horário local) para o primeiro turno de votação secreta para substituir o atual presidente Sergio Mattarella.
O vencedor precisa de uma maioria de dois terços em qualquer um dos três primeiros turnos de votação, e depois disso uma maioria simples é suficiente.
Draghi, que lidera um governo de unidade nacional, tem deixado claro que gostaria do cargo, que possui um mandato de 7 anos. Mas alguns partidos relutam em apoiá-lo por receio de que sua saída possa desencadear tumultos políticos e uma eleição antecipada.
Como nem centro-direita nem centro-esquerda têm votos suficientes para impor um candidato de seu próprio campo, é provável que seja necessário um compromisso para evitar um impasse. Tal acordo ainda parece ilusório, portanto, o primeiro turno de votação nesta segunda-feira deve ser inconclusivo.