Por Asif Shahzad e Ariba Shahid
ISLAMABAD (Reuters) - Dois grandes partidos do Paquistão devem se reunir nesta segunda-feira para tentar superar as diferenças em relação à formação de um governo de coalizão minoritário após uma eleição inconclusiva, disse uma importante autoridade partidária, ressaltando a instabilidade política e econômica.
Analistas afirmam que o país de 241 milhões de habitantes, com armas nucleares, que vem enfrentando uma crise econômica em meio ao crescimento lento e à inflação recorde, além do aumento da violência militante, precisa de um governo estável com autoridade para tomar decisões difíceis.
As negociações de segunda-feira serão a quinta rodada desse tipo depois que o ex-primeiro-ministro Shehbaz Sharif foi nomeado pelo seu partido Liga Muçulmana do Paquistão (PML-N) para liderar o país novamente.
"Ambas as partes ainda não chegaram a um acordo sobre os pontos finais", disse Ishaq Dar, senador do partido de Sharif, que está liderando as negociações.
"As negociações estão em andamento sobre várias propostas" para o compartilhamento do poder, acrescentou ele em uma declaração publicada no domingo na plataforma de mídia social X.
O Partido Popular do Paquistão (PPP), do ex-ministro das Relações Exteriores Bilawal Bhutto Zardari, anunciou apoio condicional ao PML-N, dizendo que votará em Sharif para formar o governo, mas não assumirá cargos no gabinete.
"Posso confirmar que foi decidido, em princípio, que os partidos políticos formarão um governo de coalizão", disse Dar à emissora doméstica Geo TV.
Sharif, de 72 anos, que foi primeiro-ministro da nação sul-asiática por 16 meses até agosto, foi nomeado candidato da coalizão para ser o próximo primeiro-ministro por seu irmão mais velho, Nawaz Sharif, que é o chefe do PML-N.