Por Sumita Layek e Asha Sistla
(Reuters) - Os preços do petróleo devem flutuar em intervalos próximos ao atual nível neste ano, com um crescimento econômico mais lento e disputas comerciais restringindo a demanda, mostrou uma pesquisa mensal da Reuters, o que compensará possíveis ganhos com cortes de produção e a tensão no Oriente Médio.
Uma pesquisa com 54 economistas e analistas projetou que o preço do Brent deve ficar em média em 67,47 dólares o barril em 2019, próximo dos 67,59 dólares vistos na pesquisa do mês passado. Até o momento neste ano, a média foi de 65,88 dólares.
Na quarta-feira, o Brent era negociado perto de 65 dólares o barril.
"A demanda mundial segue sem brilho e está sujeita a significativos riscos de revisões para baixo devido às preocupações com a guerra comercial e dados econômicos frustrantes", disse a analista Daniela Corsini, da Intesa Sanpaolo (MI:ISP).
Mais cedo em julho, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados incluindo a Rússia concordaram em prorrogar cortes de produção até março de 2020, buscando elevar os preços.
Mas a efetividade dos cortes da Opep "está começando a se dissipar e terá um impacto limitado no equilíbrio (do mercado) até 2020", disse Edward Bell, do Emirates NBD Bank.
Os analistas na pesquisa da Reuters projetaram que a demanda global por petróleo deve crescer entre 0,8 e 1,4 milhão de barris por dia (bpd) em 2019, ante entre 0,9 e 1,3 milhão na previsão de junho, continuando a ver mercados emergentes na Ásia como principais fatores guiando a demanda.
A pesquisa projetou que o petróleo nos EUA deve ficar em média em 59,29 dólares por barril em 2019, ante 59,30 dólares na previsão do mês passado.