O petróleo fechou em alta na sessão desta segunda-feira, 22, com o barril do Brent voltando a ultrapassar US$ 80 depois de dez dias. O preço da commodity é apoiada por conflitos geopolíticas no Oriente Médio e na Rússia, diante dos riscos de perturbação da oferta global.
O WTI para março subiu 2,06% (US$ 1,51), a US$ 74,76 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). O Brent para o mesmo mês subiu 1,90% (US$ 1,50), a US$ 80,06 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Nesta segunda-feira, o chefe das operações militares dos EUA no Oriente Médio, o vice-almirante Brad Cooper afirmou que o Irã - um grande produtor de petróleo - tinha envolvimento direto nos ataques a navios que os Houthis têm realizado no Mar Vermelho. A escalada dessas tensões vem contribuindo para os temores de que o transporte e a produção de petróleo na região possam ser afetados.
Outro ponto de alerta foi o ataque de drones atribuído à Ucrânia a um terminal de gás da Novatek na Rússia nesse fim de semana, que forçou o Kremlin a suspender algumas operações na instalação.
Head de Petróleo, Gás e Renováveis da StoneX, Smyllei Curcio, pondera, entretanto, que sinais de desaceleração da China, importante motor de demanda, limitam o impulso de alta.
Ele lembrou que o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) manteve juros inalterados na decisão do domingo, quando "o mercado esperava corte". "Os dados chineses estão deixando o mercado cauteloso", apontou Curcio.
Ainda assim, ele considera que a maior parte dos fundamentos é altista. "Ou seja, é preciso pensar em estratégias de participação de alta e proteção de alta", recomendou.