ESTOCOLMO (Reuters) - Os economistas Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer ganharam o prêmio Nobel de Economia de 2019 por seus trabalhos no combate à pobreza global, anunciou nesta segunda-feira a Real Academia Sueca de Ciências.
A franco-americana Duflo se torna apenas a segunda mulher ganhadora do Nobel de Economia nos 50 anos de história do prêmio, além da mais nova, aos 46 anos. Ela dividiu o prêmio igualmente com os norte-americanos Kremer e Banerjee, que nasceu na Índia.
A Academia disse que o trabalho dos três economistas mostrou como o problema da pobreza pode ser resolvido dividindo-o em questões menores e mais precisas em áreas como educação e saúde, facilitando o enfrentamento dos problemas.
"Como resultado direto de um de seus estudos, mais de cinco milhões de crianças indianas se beneficiaram de programas eficazes de aulas de reforço na escola", afirmou a Academia em comunicado.
"Outro exemplo são os pesados subsídios para cuidados de saúde preventivos que foram introduzidos em muitos países".
O prêmio de 9 milhões de coroas suecas (915 mil dólares) foi uma adição posterior aos cinco prêmios criados pelo testamento do industrial e inventor da dinamite, Alfred Nobel, estabelecido pelo banco central sueco e concedido pela primeira vez em 1969.
Economia é o último dos prêmios a ser anunciado, com os vencedores de medicina, física, química, literatura e paz já tendo sido revelados ao longo da semana passada.
(Reportagem de Niklas Pollard e Simon Johnson; Reportagem adicional de Anna Ringstrom, Johannes Hellstrom, Johan Ahlander, Helena Soderpalm e Colm Fulton, em Estocolmo; e Mark John em Londres)